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Justiça decreta prisão temporária por 30 dias de segundo suspeito pego na investigação do desaparecimento de Dom e Bruno na Amazônia

Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, passou por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira, 15, em Atalaia do Norte

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Por Rayssa Motta , , Alisson Castro , especial para o Estadão e enviado especial a Atalaia do Norte
Atualização:

Indigenista Bruno Pereira e jornalista Dom Phillips estão desaparecidos desde 5 de junho. FOTO: BRUNA PRADO/AP  

A Justiça do Amazonas decretou na tarde desta quarta-feira, 15, a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, do pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, o segundo suspeito preso na investigação do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

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A prisão foi determinada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia presencial. O procedimento é padrão e serve para o juiz analisar a legalidade das prisões e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.

"A audiência de custódia foi relativa ao cumprimento da prisão temporária decretada por este Juízo, atendendo a pedido da autoridade policial", informou a juíza.

Após os 30 dias, a prisão temporária pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado. O pescador não constituiu advogado e por enquanto é representado pela Defensoria Pública do Amazonas. Ele foi preso na noite de ontem em Atalaia.

Dos Santos é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela Polícia Federal (PF) na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

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Na terça, a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão em endereço de Dos Santos nas imediações da comunidade ribeirinha de São Gabriel, a cerca de uma hora do cais de Atalaia.

De acordo com integrantes da equipe de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), a casa fica a aproximadamente 500 metros do local onde foi encontrada a mochila de Dom Phillips, no domingo, 12.

O suspeito, porém, acabou sendo preso na cidade, na casa de familiares. Tanto ele quanto Pelado estão detidos na delegacia de Atalaia. O local tem duas celas que deveriam comportar até quatro pessoas. Há 11 presos no local, que respondem por crimes como estupro e homicídio.

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