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'Princesas de Maquiavel' reúne manifestações de senadoras, deputadas e empresárias sobre o papel da mulher na política

Título da coletânea, organizada pela cientista política Juliana Fratini, faz trocadilho com 'O Príncipe', publicado há mais de 500 anos, e propõe uma reflexão sobre a condição feminina e a dinâmica do poder; no Brasil, apenas 14,6% dos parlamentares da Câmara são mulheres e 13,6% são senadoras

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Por Redação
Atualização:

A cientista política Juliana Fratini lança nesta semana o livro Princesas de Maquiavel: por mais mulheres na política. A obra, publicada pela Matrix Editora, reúne 28 artigos que discutem o papel da mulher na política.

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"As autoras deste livro tiveram liberdade para escrever e desenvolver reflexões sobre suas trajetórias o que pensam a respeito do ingresso de mais mulheres na política institucional. A visão de uma não reflete, necessariamente, a da outra, embora seja possível identificar dificuldades impostas para o gênero em quase todos os artigos", diz a organizadora na nota de abertura do livro.

Na lista de autoras estão nomes de diferentes espectros políticos, como as senadoras Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Simone Tebet (MDB-MS) , as deputadas federais Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Joice Hasselmann (PSL-SP), além de lideranças empresariais como Luiza Helena Trajano e Ligia Pinto, cofundadoras do Grupo Mulheres do Brasil. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é o único homem participante que, junto com Julia Rocha de Barcelos, assessora da presidência do TSE, faz uma avaliação importante sobre como melhorar o ingresso da mulher na política institucional.

Capa do livro 'Princesas de Maquiavel: por mais mulheres na política'. Foto: Divulgação

Atualmente as mulheres representam 51,8% da população brasileira, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2019. No cenário político, no entanto, a igualdade e equidade de gênero ainda é uma realidade distante. As mulheres somam apenas 14,6% de parlamentares na Câmara dos Deputados e 13,6% do Senado. A baixa representatividade feminina se repete em ministérios e secretarias.

"O título do livro, que faz um trocadilho com O Príncipe, a principal obra de Maquiavel, publicada em 1532, propõe uma reflexão sobre a condição feminina e a dinâmica do poder. Seu objetivo é valorizar o papel da mulher na política e estimular o debate sobre como diminuir o machismo, combater a misoginia e aumentar o engajamento feminino, respeitando as diferenças", explica a Matrix.

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Veja a lista de autoras:

  • Amanda de Albuquerque e Mariana Carvalho, cofundadoras d'A Ponte;
  • Adriana Ventura - deputada federal pelo Novo-SP;
  • Alda Marco Antonio - coordenadora do #PSDMulher;
  • Cynara Menezes - jornalista editora do portal Socialista Morena;
  • Debora Thomé - cientista política;
  • Duda Alcântara - porta-voz da Rede Sustentabilidade na cidade de São Paulo;
  • Elas No Poder - Por "Elas no Poder";
  • Fernanda Melchionna - deputada federal do PSOL-RS;
  • Gleisi Hoffmann - presidente do PT-PR e deputada federal;
  • Luiza Helena Trajano e Lígia Pinto, cofundadoras do Grupo Mulheres do Brasil;
  • Iracema Portella - deputada federal pelo PP-PI;
  • Joice Hasselmann - deputada federal pelo PSL-SP;
  • Julia Rocha de Barcelos - assessora da Presidência do TSE;
  • Juliana Brizola - deputada estadual pelo PDT-SC;
  • Leila Barros - senadora do Cidadania eleita pelo DF;
  • Luciana Santos - presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco;
  • Luís Roberto Brarroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
  • Madeleine Lacsko - jornalista especialista em cidadania digital;
  • Mara Gabrilli - senadora pelo PSDB eleita por São Paulo;
  • Renata Abreu - presidente do Podemos-SP e deputada federal;
  • Simone Tebet - senadora do MDB pelo Mato Grosso do Sul;
  • Teresa Surita - ex-prefeita de Boa Vista pelo MDB;
  • Talita Nascimento e Larissa Alfino, respectivamente presidente e diretora de operações do Vamos Juntas;
  • Vera Lúcia de Camargo Braga Taberti - promotora de justiça e assessora eleitoral;
  • Gisele Agnelli - socióloga e cofundadora do Vote Nelas;
  • Zenaide Maia - senadora do PROS pelo Rio Grande do Norte.

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