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Após ser preso, pastor do gabinete paralelo no MEC ameaçou 'destruir todo mundo'; ouça

Em conversa com advogada, Arilton Moura demonstrou preocupação com a filha, que teve o sigilo bancário quebrado por ordem judicial

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Por Fausto Macedo , Rayssa Motta , Julia Affonso e Pepita Ortega
Atualização:

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro com os pastores Gilmar Santos (centro) e Arilton Moura. Foto: Catarina Chaves/MEC

Após ser preso na Operação Acesso Pago, o pastor Arilton Moura, investigado sob suspeita de operar um esquema de cobrança de propinas de prefeitos em troca da liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC), ameaçou "destruir todo mundo" se a filha dele for arrastada para o caso.

"Se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo", afirmou Moura em conversa com a advogada após ter sido detido.

Ouça toda a conversa:

A filha, Victoria Camacy Amorim Correia Bartolomeu, teve o sigilo bancário quebrado por ordem judicial. Ela aparece como compradora de um carro registrado no nome da mulher do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, por R$ 50 mil. A Polícia Federal (PF) investiga se a negociação foi simulada para ocultar o pagamento de propinas.

 Foto: Estadão

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Diante da declaração do pastor, a PF disse que Arilton Moura "possivelmente possui informações sobre os crimes aqui investigados, motivo pelo o qual faz essa 'ameaça'".

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O pastor é o mesmo que, segundo um empresário ouvido pela Controladoria-Geral da União (CGU), pediu R$ 100 mil para levar um evento do Ministério da Educação para Piracicaba (SP). O valor seria um "auxílio a obras missionárias" de uma igreja ligada ao religioso.

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