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Preso na Calicute, amigo de Cabral é solto por engano

Luiz Carlos Bezerra, apontado como operador de propinas, conseguiu habeas corpus referente a sua prisão por porte ilegal de armas, mas juiz Marcelo Bretas determinou que ele fosse detido novamente devido ao risco que pode oferecer às investigações

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Por Mateus Coutinho
Atualização:
 Foto: Estadão

Um dos presos da operação Calicute foi libertado nesta quarta-feira, 23, por engano. Luiz Carlos Bezerra, amigo de infância do ex-governador Sérgio Cabral, e apontado como operador do esquema que recebeu pelo menos R$ 224 milhões de propinas de empreiteiras, tinha sido preso em flagrante na quinta-feira, 17, por porte ilegal de armas, além do mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz da 7ª Vara Federal , Marcelo Bretas.

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Na terça-feira, 22, o juiz da 3ª Vara Criminal Federal concedeu habeas corpus pelo porte ilegal de armas. O alvará de soltura trazia a ressalva: "se por outro motivo não tiver que permanecer preso".Bezerra foi libertado na manhã de quarta-feira, 23. Nesta quinta-feira, 24, Bretas determinou que Bezerra seja preso novamente.

Ele classificou a libertação dele "grave erro material durante o cumprimento do alvará de soltura (...), quando foi desconsiderada a prisão preventiva anteriormente ordenada" pela 7ª Vara Federal. Na decisão, Bretas determina ainda que Bezerra fique isolado dos demais presos, já que "durante o período em que esteve em liberdade pode ter obtido informações que, se compartilhadas, podem acarretar prejuízo às investigações".

A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) ainda não se pronunciou sobre a libertação de Bezerra.

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