Por Fausto Macedo e Ricardo Brandt
Os principais dirigentes da Construtora Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, se apresentaram à Polícia Federal na manhã deste sábado, 15. Eles já estão a caminho da PF em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato.
Agora, são 22 os presos pela Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato.
Dalton dos Santos Avancini é diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S/A. João Ricardo Auler é o presidente do Conselho de Administração da empresa.
A prisão da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, detentora de centenas de contratos com o poder público, foi decretada pela Justiça Federal no âmbito da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, deflagrada nesta sexta feira, 14.
Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, está sob regime de prisão preventiva e terá que responder ao processo sob custódia, exceto se conseguir habeas corpus - ele se entregou no final da tarde desta sexta-feira à PF.
Contra Dalton Avancini e João Auler foi ordenada prisão temporária por cinco dias.
A PF imputa aos dirigentes da empreiteira envolvimento em amplo esquema de pagamento de propinas na Petrobrás. Parte desses recursos teria sido direcionada para políticos e partidos que mantinham o domínio de diretorias estratégicas da estatal petrolífera, segundo delatou o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa.
"Vamos ingressar em juízo com petição para buscar a liberdade porque a prisão temporária não tem mais objeto uma vez que a Camargo Corrêa entregou todos os documentos que eram necessários", declarou o criminalista Celso Vilardi, que defende Dalton Avancini e João Auler. "Vamos pedir liberdade imediata."
Executivos de outras gigantes da construção também foram presos pela Juízo Final.