PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Presidente da OAB diz que 'radicalização e extremismo são forças obscuras empenhadas em sabotar democracia'

Na posse do novo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, advogado Claudio Lamachia condena apologia ao ódio e à violência

Por Teo Cury , Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo/BRASÍLIA
Atualização:

Posse do novo presidente do STF, Dias Toffoli. Foto: Dida Sampaio/ESTADÃO

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse nesta quinta-feira, 13, que a radicalização, os extremismos e a apologia ao ódio e à violência são "forças obscuras" empenhadas em sabotar a democracia. Lamachia discursou na cerimônia de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, em Brasília,

PUBLICIDADE

"Se o desafio, ao tempo de Raymundo Faoro (jurista brasileiro), era o de reconquistar a democracia, o de hoje nos parece bem mais complexo, pois é o de preservá-la - e fortalecê-la. Não faltam forças obscuras empenhadas em sabotá-la - e a maior delas é a radicalização, a ação dos extremismos, a apologia do ódio e da violência, sejam de esquerda ou de direita", disse.

O advogado lembrou do ataque ao candidato do PSL Jair Bolsonaro à Presidência da República ao citar o "ambiente de radicalização" que vive o País. "Os ânimos se acirraram e estão numa temperatura que precisa baixar. A Justiça tem procurado cumprir seu papel, em meio a um ambiente que não favorece sua missão: ânimos exaltados, manipulação do descrédito popular em relação às instituições, luta de facções."

Lamachia também destacou a importância do Poder Judiciário para o País. "A crise o elevou à condição de Poder Moderador da República. Não é um status que tenha sido postulado, mas que se impôs pela força das circunstâncias. E por imperativo constitucional", disse.

Cármen Lúcia. Ao final de seu discurso, Claudio Lamachia elogiou a gestão da antecessora de Dias Toffoli, que, segundo ele, realizou uma "missão árdua, que lhe exigiu coragem, bom senso e competência".

Publicidade

"Poucas vezes em sua história, o Supremo foi alvo de tantas pressões, incompreensões e mesmo agressões e insultos. Jamais foi tão posto à prova. E soube - ministra Cármen - lidar com essas adversidades, inerentes ao desconcerto destes nossos dias, sem perder de vista as responsabilidades que tem como instância máxima do Poder Judiciário", concluiu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.