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Por que o Brasil está tão atrás quando falamos de transformação digital?

Por Thiago Lima
Atualização:
Thiago Lima. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Recentemente, foi divulgado por uma escola de administração da Suíça um ranking de competitividade digital. O estudo avaliou 63 países e utilizou diferentes critérios: conhecimento, tecnologia, preparação para o futuro e a utilização de robôs.

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Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil aparece apenas na 57ª colocação. Isso deixa claro o fato de que ainda temos dificuldades em converter conhecimento em tecnologia.

A nossa base como formação - aqui falo dos ensinos fundamental e médio - reflete diretamente nesses números.

Diferentemente da China, em que as crianças têm contato com diversas plataformas e conceitos ligados à inovação desde os 7 anos de idade, pouco se fala sobre tecnologia nas escolas aqui no país.

E quando se trata do universo de tecnologia, é preciso ter contato desde cedo para se aperfeiçoar e dominar o assunto. Para ter uma dimensão, atualmente estima-se que existam cerca de 250 mil vagas de emprego em empresas de tecnologia, porém, faltam profissionais capacitados para ocupar os cargos.

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Por outro lado, a dificuldade e a falta de apoio, quando falamos em educação voltada ao segmento tecnológico, fazem com que a nova geração de brasileiros se destaque em um dos pontos do estudo: atitude em relação ao futuro.

Nós somos uma comunidade maleável, que se adequa à falta de recursos e, mesmo sem um suporte, conseguimos atuar nas mais diversas áreas.

Atualmente, temos 10 empresas unicórnios (marcas que estão avaliadas pelo mercado em mais de 1 bilhão de dólares) como Gympass, PagSeguro, Nubank, iFood, Loggi, só para citar alguns, além de outras que estão na briga para entrar neste seleto grupo.

No entanto, se existisse mais incentivo e uma base de formação mais preparada para os novos tempos, o número de empresas unicórnios no país estaria mais próximo do da China, que hoje conta com cerca de 125 empresas nesta classificação.

Negócios que fizeram a transição do Made in China para o Created in China e que se tornaram referência de inovação para o mundo. Assim, constatamos a necessidade de uma mudança de mindset, tanto do governo brasileiro, como da comunidade nacional, para reverter a situação e desenvolver, a médio e longo prazo, uma cultura mais alinhada com a realidade do mercado mundial.

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*Thiago Lima, 28, é CEO e fundador da LinkApi, plataforma que possibilita empresas desenvolverem, monitorarem e distribuírem integrações entre diferentes sistemas

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