Isadora Peron e Breno Pires, de Brasília, e Luiz Vassallo
02 de junho de 2017 | 17h37
Michel Temer e Ricardo Rocha Loures. Foto: JBatista / Agencia Camara
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, usou a ‘influência política’ do ex-deputado Rocha Loures (PMDB/PR) como um dos argumentos do seu novo pedido de prisão contra o ex-assessor do presidente Michel Temer. O pedido, protocolado nesta quinta, 1, está nas mãos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
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Janot sustenta que a ‘influência política’ de Loures impede a adoção de medidas diversas da prisão que, em sua avaliação, ‘revelam-se insuficientes às tentativas de neutralização de suas ações’.
O procurador atribui ao ex-parlamentar o papel de ‘homem de confiança’ de Temer.
Para Janot, como Loures perdeu a prerrogativa de foro privilegiado, já que o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB-PR) voltou à Câmara, não há mais motivo para que a medida cautelar deixe de ser executada.
O procurador-geral aponta para ‘a gravidade concreta das condutas, igualmente, elemento indicativo da necessidade da prisão preventiva para assegurar a ordem publica’.
Em áudio gravado por Joesley Batista, acionista da JBS, durante visita ao Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março, Temer indica Loures para ser seu interlocutor junto à JBS. Na conversa, o presidente sugeriu que o empresário poderia tratar de qualquer assunto com seu então assessor e na época deputado.
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