PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Polícia prende mulheres que, por 'milagre de cura', desligaram aparelhos que mantinham irmão vivo

De acordo com a Polícia de Guanambi, sudoeste da Bahia, irmãs evangélicas alegaram que 'tiveram a visão de que o paciente iria se curar', mas ele morreu'

Por Marina Aragão , Milena Teixeira e especiais para O Estado
Atualização:

 Foto: Pixabay

Duas mulheres foram presas na cidade de Guanambi, sudoeste da Bahia, após desligarem os aparelhos que mantinham o irmão vivo na cama de um hospital. Almiro Pereira Neves, de 43 anos, estava internado devido a complicações de cirrose - ele foi diagnosticado com etilismo, pneumonia aspirativa e hemorragia subaracnóidea.

PUBLICIDADE

De acordo com a Polícia Civil, as irmãs Marliete Pereira Neves, 41, Zelita Pereira Neves, 32, que são evangélicas, cometeram o ato na sexta-feira, 25, 'acreditando se tratar de um milagre de cura'.

Elas alegaram que, durante uma reunião de orações 'tiveram uma visão de que o irmão estava curado'.

Ainda segundo a polícia, as duas entraram no Hospital Regional de Guanambi, que pertence à rede estadual, e desligaram o aparelho. Em seguida, mandaram o irmão levantar, mas ele não reagiu. A morte de Almiro foi constatada instantes depois.

Policiais Militares informaram à reportagem do Estado que prenderam as duas mulheres em flagrante por volta de 21h40. Outro homem, que estava com elas, foi ouvido e liberado.

Publicidade

As irmãs foram levadas para a delegacia da cidade e, conforme a polícia, tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventiva.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) 'lamentou o falecimento do paciente' e informou que a vítima 'estava na emergência do hospital e que, por isso, poderia receber visitas'.

"A Sesab esclarece que o mesmo se encontrava na emergência do hospital e similar ao que acontece em qualquer unidade de saúde, não há restrições de acesso aos familiares. As irmãs foram presas em flagrante e o caso está sendo investigado pela polícia civil", afirmou o órgão.

COM A PALAVRA, AS IRMÃS

Publicidade

A reportagem busca contato com a defesa de Marliete Pereira Neves e Zelita Pereira Neves. O espaço está aberto para manifestação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.