O Ministério Público do Rio está nas ruas na manhã desta terça, 10, para cumprir 17 mandados de busca e apreensão que têm como foco um suposto esquema de corrupção na Prefeitura da capital fluminense. As investigações miram irregularidades em contratos feitos pelo Executivo municipal, comandado pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
Na capital, os mandados estão sendo cumpridos nos bairros de Copacabana, na zona sul, e Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na zona oeste. A Promotoria também realiza investigações em Angra dos Reis, na Costa Verde. Entre os locais onde foram cumpridos os mandados estão a sede da empresa de turismo do Rio, a Riotur, e endereços ligados ao presidente dela, Marcelo Alves, e de seu irmão, o empresário Rafael Alves.
As investigações apuram se há um esquema criminoso na Prefeitura que funcionaria por meio da liberação de verbas a empresas após pagamento de propina.
A operação se deu a partir do Grupo de Atribuição Originária Criminal do MP (Gaocrim) e da Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro da Polícia Civil. Os mandados contaram com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP. Como Crivella, que tem foro especial, é investigado, a autorização para os mandados foi dada por uma desembargadora do Tribunal de Justiça.
COM A PALAVRA, A RIOTUR
"A Riotur, na figura do presidente Marcelo Alves, se coloca inteiramente à disposição dos órgãos fiscalizadores para esclarecer qualquer dúvida que possa existir durante este processo investigativo. Certamente a conclusão da investigação trará luz a esta gestão, que é regida pela dedicação absoluta, responsabilidade, transparência e honestidade, características imprescindíveis para um cargo público e como a Riotur é conduzida."