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Polícia Federal informa ao Supremo que Jefferson se entregou

Rendição do ex-deputado acontece por volta das 19h deste domingo, 23, poucos minutos depois da chegada do ministro da Justiça Anderson Torres à sua residência

Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Julia Affonso
Por Pepita Ortega , Julia Affonso e Isabella Alonso Panho
Atualização:

Jefferson estava entrincheirado em casa, no Rio de Janeiro ( Foto: Reprodução/Twitter)

Depois de passar o domingo (23) inteiro negociando com agentes da Polícia Federal, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se rendeu por volta de 19h, em cumprimento à ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes. Sua rendição aconteceu poucos minutos após a chegada do ministro da Justiça, Anderson Torres, que foi ao local a mando do presidente Jair Bolsonaro (PL). A Polícia Federal confirmou ao Supremo que Jefferson se entregou.

Através das redes sociais, Alexandre também confirmou a prisão do ex-deputado, parabenizando aos agentes da Polícia Federal. O ministro prestou solidariedade ao delegado Marcelo Vilella e à policial Karina Oliveira, feridos durante a operação.

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Em decisão dada pouco antes das 19h, Alexandre ordenou que a prisão de Jefferson fosse feita  'independentemente do horário' e deixou um claro recado para Torres ao afirmar que 'a intervenção de 'qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação'.

No começo da tarde, Jefferson afirmou através de um vídeo, no qual ele confessa ter atirado contra os policiais, que só se entregaria na presença do Ministro da Justiça. Depois dessas declarações, o presidente Jair Bolsonaro (PL) determinou que Anderson Torres fosse até Levy Gasparian, onde Jefferson estava entrincheirado em sua residência.

O ministro estabeleceu que Jefferson ainda estava em estado de flagrante delito por causa da tentativa de homicídio dos policiais que tentaram efetuar sua prisão no começo da tarde. A Constituição Federal proíbe que mandados prisionais sejam cumpridos no período noturno, salvo quando houver flagrante. Com esse fundamento, Alexandre determinou que o ato fosse cumprido imediatamente.

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