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Polícia Civil do DF conclui que Joice Hasselmann sofreu 'queda da própria altura' e não foi agredida

Por Anne Warth , Camila Turtelli e BRASÍLIA
Atualização:
A deputada Joice Hasselmann. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO  

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) sofreu "queda da própria altura" e que não foi vítima de violência doméstica ou de agressão por terceiros. A parlamentar, que acordou no dia 18 de julho no chão do seu apartamento funcional em Brasília, em meio a uma poça de sangue, com vários hematomas e fraturas, acreditava ter sido vítima de um atentado, mas não descartava um acidente, pois não lembrava o que tinha ocorrido. A parlamentar foi procurada pelo Estadão, mas ainda não se manifestou.

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"A Polícia Civil do Distrito Federal - PCDF, por intermédio da 2ª DP - Asa Norte, concluiu as investigações do caso da Deputada Joice Hasselmann no sentido de um incidente causado pela 'queda da própria altura'. No caso, não se evidenciou quaisquer elementos que apontassem para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros", diz a nota oficial.

A PCDF informou que a investigação foi encaminhada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e corre em segredo de justiça. Caberá ao MPF oferecer ou não denúncia à Justiça Federal. Procurada, a assessoria da deputada disse que ainda não foi oficialmente notificada sobre o caso.

Exame de corpo de delito feito pelo marido da deputada, o neurocirurgião Daniel França, mostrou que ele não tinha lesões e hematomas recentes no corpo. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) tentou identificar sinais de um possível confronto físico e lesões em mãos, dedos e punhos, mas não encontrou evidências que confirmassem essa hipótese.

Desde o início, a parlamentar disse não se lembrar dos acontecimentos e informou ter tomado remédios para dormir naquela noite. E desconfiava que pudesse ter sido atacada por um agressor que poderia ter se escondido no seu apartamento, mas não descartava a possibilidade de uma queda.

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A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol), um dos órgãos investigando o caso, analisou as câmeras de segurança do prédio onde a parlamentar mora e disse não ter identificado a entrada de nenhuma pessoa estranha entre os dias 15 e 20 de julho. Não há, no entanto, câmeras de segurança nas escadas, nem nas entradas dos apartamentos funcionais.

A defesa da deputada Joice Hauseman (PSL-SP) informou que confia no trabalho da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), que informou hoje ter concluído que a parlamentar sofreu "queda da própria altura" e que não foi vítima de violência doméstica ou de agressão por terceiros

Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a deputada sempre se colocou à disposição das autoridades para esclarecer o caso e disse que o incidente contribuiu para discutir a segurança das residências oficiais.

"A defesa reitera a confiança no trabalho técnico da Polícia sendo certo que a deputada sempre se colocou à disposição para contribuir para o descobrimento da verdade. Ressalta que, de qualquer maneira, o episódio serviu para discutir a segurança nas residências oficiais. A defesa elogia o profissionalismo tanto da polícia legislativa quanto da polícia civil", disse o advogado, em nota oficial.

Leia a íntegra da nota de Joice Hasselmann

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Informamos que deputada federal Joice Hasselmann e sua defesa técnica tomaram conhecimento do desfecho da investigação.

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A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o incidente sofrido por ela, no dia 18 de julho, causando cinco fraturas no rosto e uma na coluna, foi resultado de uma queda da própria altura - hipótese inicialmente considerada menos provável pelos médicos mediante o número de traumas constatados por tomografias.

Joice reitera sua confiança no trabalho da polícia. Depois do fato, porém, reforçou a segurança em seu apartamento por conta da vulnerabilidade dos imóveis funcionais. Os apartamentos não possuem câmeras em pontos fundamentais, como as escadas internas e vãos dos corredores que dão acesso às portas de entrada. Já há um encaminhamento feito pela Procuradoria da Mulher para a presidência da Câmara que pede a instalação de novos equipamentos para garantir a segurança.

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