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PMs 'revoltados' por convívio com Azeredo preso em quartel, diz deputado a juiz

Sargento Rodrigues (PTB) enviou ofício à Vara de Execuções Penais afirmando ter sido procurado por militares que foram expulsos pelo ex-governador em 1997, em razão de aderirem a greve, e 'repudiam a presença do maior algoz', que cumpre pena de 20 anos e um mês em Batalhão dos Bombeiros

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Reprodução  

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) encaminhou ofício à Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte relatando a 'revolta' de militares contra o convívio com o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), que cumpre pena de 20 anos e um mês pelo Mensalão tucano em batalhão do Corpo de Bombeiros. Segundo o parlamentar, parte dos oficiais 'repudia' Azeredo.

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O deputado afirma que ele e outros 186 oficiais da PM de Minas Gerais foram expulsos em 1997, quando Azeredo era governador, por integrarem de movimento grevista.

"O fato é que vários desses militares, que foram posteriormente reintegrados às fileiras do Corpo de Bombeiros, trabalham exatamente no 1º BBM e me procuraram, revoltados, por serem, hoje, obrigados a tolerar a presença em seu ambiente de trabalho daquele que foi, sem dúvida, o maior algoz de todos eles. Isso é, no mínimo, inadequado e contraditório", afirmou o parlamentar.

Em ofício, ele diz ser procurado por militares 'revoltados, repudiando veementemente a presença do ex-governador, e por que não dizer, de seu maior algoz, naquela Unidade para início do cumprimento de sua pena'.

"Por esta razão, solicito a V. Exa., que verifique a possibilidade de transfer~encia do condenado Eduardo Brandão de Azeredo para a penitenciária, ou mesmo, para uma unidade da APAC na região metropolitana da Capital.

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Em reação ao ofício, o juiz Luiz Carlos Rezende dos Santos, a 'revolta não é motivo para qualquer revisão'.

"Além do mais, a gigantesca história dos Militares Mineiros, jamais pode levar ao Juiz imaginar que membros da "gloriosa" sejam capazes de tratar um Batalhão como algo particular", escreveu.

No entanto, diante do relato do deputado, ele determinou que 'seja remetido cópia do ofício' à Promotoria de Justiça da Auditoria Militar para identificar junto ao deputado nível da revolta, ou até ameaça, tomando-se as providências cabíveis e necessárias, no âmbito de sua atuação'.

COM A PALAVRA, AZEREDO

A reportagem está tentando contato com a defesa. O espaço está aberto para manifestação.

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