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PMDB deu argumentos ao PT sobre golpe, diz Cristovam Buarque

Em mensagem em seu Facebook, senador do PPS que sempre condenou argumento do PT sobre processo de impeachment critica o PMDB

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Por Mateus Coutinho
Atualização:

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Foto: Pedro França/Agência Senado

Ex-ministro da Educação no governo Lula e atualmente opositor do PT, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) divulgou nesta quarta-feira, 30, em seu perfil no Facebook uma mensagem criticando o PMDB e afirmando que uma eventual tentativa da sigla em assumir a presidência daria razão aos argumentos do PT de que o partido estaria tramando um golpe contra o mandato de Dilma.

"Fui dos primeiros a protestar quando o PT começou a manipular a opinião pública dizendo que impeachment, mesmo dentro da Constituição, é golpe, quando contra a Presidente Dilma. Mesmo que não fosse contra Collor, nem contra FHC, como o PT tentou. Mas ao gritar 'Temer Presidente' na hora em que se afastou do governo, o PMDB deu argumentos ao PT", afirmou o parlamentar em seu perfil oficial na rede social.

 Foto: Estadão

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A manifestação de Cristovam ocorre um dia após o até então principal partido da base aliada do governo federal anunciar na reunião da Executiva Nacional o rompimento com o governo federal. No encontro de menos de cinco minutos e que terminou aos gritos de "fora PT", as lideranças da sigla decidiram que seus filiados terão de entregar os ministérios e os cerca de 600 cargos que ocupam no Executivo nas próximas duas semanas. [veja_tambem]

Um dos criadores do bolsa-escola, embrião do Bolsa-Família que veio a ser implementado em todo o País a partir do governo Lula, de quem chegou a ser ministro da Educação, Cristovam Buarque deixou o PT em 2005 em meio ao escândalo do mensalão e desde então tem sido um crítico dos governos petistas. Na ocasião ele se filiou ao PDT, partido que decidiu deixar em fevereiro deste ano após desentendimentos com a cúpula da sigla que defende a candidatura de Ciro Gomes à Presidência em 2018.

Como divulgou o Estado nesta quarta, a avaliação da cúpula do PMDB é de que a decisão de romper com a gestão Dilma - há dez anos a legenda era formalmente ligada a governos petistas - foi o primeiro passo concreto para acelerar o andamento do impeachment. Primeiro, dentro do próprio partido. A ala separatista do PMDB calcula que a bancada do partido na Câmara tem 60 votos a favor do impeachment e os outros nove contra. Já os governistas do partido dizem que 30 votos são contra o impeachment e outros 30 são instáveis e acompanharão o lado que entendem que vão ganhar.

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COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DO PMDB:

Procurado pela reportagem às 9h47 min da manhã desta quarta, a assessoria do PMDB informou que "quem tem se manifestado sobre a situação política no Brasil, demonstrando a perfeita normalidade institucional que vivemos neste momento, é o Supremo Tribunal Federal".

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