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PGR pede transferência de ação penal na Espanha contra Ricardo Teixeira

Objetivo é ter acesso aos detalhes e provas da investigação no país europeu contra ex-presidente da CBF para viabilizar investigação penal no Brasil

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Por Fausto Macedo e Fabio Serapião
Atualização:

A Procuradoria-Geral da República pediu nesta segunda-feira, 24, a transferência do procedimento penal instaurado na Espanha contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira. Ele teve um mandado de captura internacional decretado pela Justiça espanhola pelos crimes de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Como ele é brasileiro nato e não pode ser extraditado, o objetivo é ter acesso aos detalhes e provas da investigação espanhola para viabilizar a acusação penal contra ele no Brasil.

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As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação Estratégica da Procuradoria.

Teixeira foi presidente da CBF de 1989 a 2012 e membro do Comitê Executivo da Fifa com direito a voto de 1994 a 2012. "As investigações espanholas apuram ocultação de valores ilicitamente obtidos a partir da venda dos direitos audiovisuais das partidas da Seleção Brasileira de futebol realizada pela CBF em favor da International Sports Events (ISE), empresa sediada nas Ilhas Cayman e detentora do direito de organizar os jogos da Seleção Brasileira de futebol", informa a Procuradoria.

O ex-presidente da CBF e Alexandre Rosell - também conhecido como Sandro Rosell -, ex-presidente do Barcelona, teriam usado empresas de fachada e contas bancárias, estas mantidas especialmente no Principado de Andorra, para ocultarem os valores obtidos a partir da venda dos direitos de transmissão dos jogos da Seleção Brasileira de futebol, 'em prejuízo da CBF'.

Quando a documentação for recebida pela Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, vai ser encaminhada para o Ministério Público Federal no Rio, que irá analisar o caso e tomar as medidas cabíveis.

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