A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 9, uma nova etapa das investigações que envolvem a JBS. Agentes da PF estão na sede do grupo, em São Paulo, em busca de documentos que podem ser úteis às investigações que foram instauradas para apurar os lucros milionários que a J&F, controladora da JBS, teve a partir do uso de informações privilegiadas sobre as delações de seus executivos na Procuradoria-Geral da República.
A etapa de hoje cumpre mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. Não há mandados de prisão.
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O novo inquérito foi aberto por requisição do procurador-geral Rodrigo Janot.
Os irmãos Joesley e Wesley Batista, principais acionistas do grupo e delatores da Lava Jato, teriam auferido ganhos extraordinários no mercado de compra e venda de dólares e ações do grupo quando o teor das delações dos executivos estava na iminência de ser conhecido.
COM A PALAVRA, A J&F
Em relação à operação realizada na sede da J&F e da JBS hoje (09.06), as empresas informam que foram entregues os materiais e documentos solicitados. A Companhia segue colaborando e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos necessários.
Sobre a compra e venda de moedas, ações e títulos, esta é a nota divulgada anteriomente pela companhia:
Todas as operações de compra e venda de moedas, ações e títulos realizadas pela J&F, suas subsidiárias e seus controladores seguem as leis que regulamentam tais transações. Em relação às operações de câmbio, a JBS esclarece que gerencia de forma minuciosa e diária a sua exposição cambial e de commodities. A empresa tem como política a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais.