Andreza Matais e Julia Affonso
26 de novembro de 2015 | 12h20
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 26, a Operação Soldner com o objetivo de combater e desarticular organização criminosa que atuava no comércio ilegal e na exportação massiva de minérios e pedras preciosas. A movimentação financeira do grupo, ao longo da investigação, foi estimada em R$ 500 milhões.
As informações foram divulgadas no site da PF. A Polícia Federal identificou que o minério e as pedras preciosas seguiam uma rota que passava por Portugal, Bélgica e Israel, tendo como destino final Dubai.
Cerca de 200 policiais federais, de várias regiões do pais, deram cumprimento simultâneo a 58 medidas judiciais, sendo 10 mandados de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas nos Estados de Goiás, Minas, São Paulo, Pará, Pernambuco, Tocantins e também em Brasília.
Segundo a PF, a organização é formada por duas células: uma que atua fortemente na comercialização ilegal de pedras preciosas, composta em sua maioria por empresários do ramo e pequenos comerciantes de joias, e outra composta por autônomos e pequenos empresários que comercializavam, mediante fraude, títulos da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo bancos venezuelanos.
Os investigadores suspeitam que a movimentação com moedas e títulos estaria vinculada aos processos de lavagem de dinheiro do grupo criminoso.
A PF informou que os investigados responderão por crimes que vão desde a usurpação de matéria-prima da União a formação de organização criminosa e outros delitos.
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