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PF põe Herófilo no rastro de 17 professores sob suspeita de estelionato na UFRGS

Operação desencadeada nesta terça-feira, 19, mira docentes em regime de Dedicação Exclusiva com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas que estariam exercendo atividade privada em clínicas e consultórios

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

UFRGS. Foto: UFRGS

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 19, a Operação Herófilo, que investiga 17 professores do magistério superior em regime de Dedicação Exclusiva com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas que estariam exercendo atividade privada em clínicas e consultórios. A prática é vedada pela legislação e configura crime de estelionato, segundo a PF.

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Cerca de 60 policiais federais saíram às ruas logo cedo para cumprir 15 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Novo Hamburgo. Herófilo (Herophilos) foi o primeiro anatomista da história, fundador da Escola de Medicina de Alexandria.

As ordens judiciais têm por objetivo a arrecadação de documentos que comprovem a prática irregular e corroborem com as informações coletadas ao longo da investigação, destacou a PF. Não foram citados os nomes dos alvos da Operação Herófilo.

Em um caso analisado, um professor recebeu, entre os anos de 2010 e 2016, cerca de R$ 1milhão da UFRGS, sendo que, desse valor, aproximadamente R$ 500 mil 'correspondem ao adicional por Dedicação Exclusiva'.

O inquérito policial foi instaurado em 2015 e contou com colaboração da Controladoria-Geral da União. Em um caso analisado, um professor recebeu, entre os anos de 2010 e 2016, cerca de um milhão de reais da UFRGS, sendo que, desse valor, aproximadamente 500 mil reais correspondem ao adicional por Dedicação Exclusiva.

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COM A PALAVRA, A UFRGS

A reportagem fez contato com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O espaço está aberto para manifestação.

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