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PF não foi na sala de Rui Falcão durante buscas na sede do PT

Presidente da sigla estava em Brasília no momento da operação e veio para São Paulo ao tomar conhecimento da ação da PF

Por Ricardo Galhardo e Ana Fernandes
Atualização:

Polícia Federal na sede do PT. FOTO:WERTHER SANTANA/ESTADÃO Foto: Estadão

As buscas da Operação Custo Brasil na sede nacional do PT em São Paulo na manhã desta quinta-feira, 23, se restringiram ao primeiro e ao terceiro andar do edifício da sigla, onde fica a secretaria de Finanças do partido, e não foi na sala do presidente da legenda Rui Falcão. Além disso, dois agentes da PF foram cumprir o mandado de prisão do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira na sede do partido em Brasília.

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Falcão estava em Brasília no momento da operação e veio para São Paulo ao tomar conhecimento da ação da PF. Quando os agentes chegaram na sede da sigla em São Paulo havia apenas um segurança que acionou uma funcionária da secretaria-geral do PT e ela avisou os dirigentes da sigla sobre o ocorrido. As buscas na sede em São Paulo já foram encerradas e tiveram o acompanhamento do advogado do partido Luis Bueno.

A rua onde fica a sede da legenda chegou a ser cercada por veículos da PF, o que causou protestos por parte de um grupo de cerca de 10 militantes, comandado pelo secretário municipal de Comunicação do PT, João Bravin.

O grupo estendeu uma grande faixa, que ocupa metade do chão da rua, com uma foto do rosto do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os dizeres "Tchau, ladrão", uma resposta ao "Tchau, querida" usado contra Dilma Rousseff no processo de impeachment.

A faixa também provoca o presidente em exercício com o questionamento: "E o Temer?" - Temer foi citado em delações da Lava Jato mas não é alvo, até o momento, de nenhum processo de investigação e Cunha tornou-se réu, ontem, pela segunda vez no STF, suspeito de lavagem de dinheiro e desvios no esquema de corrupção da Petrobrás.

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"Não vejo os companheiros da Polícia Federal irem na casa do Cunha, da mulher do Cunha, da filha do Cunha. Esse senhor aqui manda na República hoje golpista", disse Bravin, após estender a faixa no chão, enquanto andava de um lado a outro em frente à sede do PT. "Onde está a Polícia Federal pra prender esse cidadão (Cunha) que manda na República, que faz marionete do Michel Temer?".

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A Custo Brasil é uma ação conjunta da PF com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil e apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Pernambuco e do Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da Federal, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

 

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