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PF mira candidatos de facção em Mato Grosso e flagra mulher que tentou destruir celular já apreendido

Investigações da Operação Captura de Estado apontam que os integrantes da facção criminosa escolhem prévia e internamente seus candidatos por meio de 'enquetes' e depois, por meio de 'salves' em redes sociais, financiam e patrocinam os políticos

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Por Redação
Atualização:

Fachin informou que não se opõe à divulgação de questionamentos sobre processo eleitoral. Foto: Dida Sampaio / Estadão

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 11, a Operação Captura de Estado para investigar práticas eleitorais ilícitas por integrantes de facção criminosa que atua no Mato Grosso. Três membros do grupo foram alvo de ordens de busca e apreensão expedidas pela 9ª Zona Eleitoral de Barra do Garças.

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Uma das investigadas acabou sendo presa em flagrante após ter tentado destruir aparelho celular que já tinha sido apreendido pela Polícia Federal. Segundo a corporação, ela inclusive já foi candidata ao cargo de vereadora no município de Nova Iguaçu  (RJ), em eleições passadas.

A Polícia Federal informou que os integrantes da facção criminosa escolhiam prévia e internamente seus candidatos por meio de 'enquetes' e depois, por meio de 'salves' dados em redes sociais, financiam e patrocinam candidatos políticos.

De acordo com a corporação, o nome da ofensiva, 'Captura de Estado' faz alusão a fenômeno conhecido como 'captura/reconfiguração cooptada'.

Trata-se de "prática ilícita em que organizações criminosas buscam, por meio de patrocínio e financiamento de campanhas políticas de candidatos previamente selecionados por suas 'lideranças', bem como outras condutas ilícitas de coação e ameaças de eleitores, a inserção de pessoas em posições estratégicas políticas, legislativas e executivas", diz a PF.

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Para sustentar os esquemas, as facções praticam crimes como corrupção eleitoral, lavagem de capitais e falsidades eleitorais, completou a corporação.

A PF informou ainda que a ação faz parte da atuação da corporação na apuração de possível inserção de representantes previamente escolhidos por facções criminosas no âmbito político (legislativo e executivo), juntamente com o fenômeno da desinformação eleitoral, 'de modo a preservar a lisura do do processo eleitoral e do ambiente democrático'.

"A Polícia Federal ressalta, ainda, aos eleitores a desnecessidade de prestação de contas de seu voto a qualquer pessoa e/ou facção criminosa que imponha tal conduta sob ameaça ou violência de qualquer natureza, conforme apontam as denúncias investigadas, sendo o voto secreto nos termos da Constituição Federal. Qualquer conduta de tal natureza deve ser comunicada aos órgãos de controle e fiscalização eleitoral, quais sejam, Polícia Federal, Ministério Público Eleitoral e Justiça Eleitoral para a imediata adoção das medidas cabíveis", ressaltou a corporação em nota.

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