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PF mira 'bancos piratas'

Operação Arca da Aliança faz dez buscas em São Paulo e no Rio de Janeiro contra grupo que mantinha duas empresas para operar instituições financeiras sem aval do Banco Central que despejaram empréstimos de RS 20 milhões na praça

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Atualizada às 15h20 de 14 de fevereiro de 2020 para inclusão do nome das empresas investigadas.

 Foto: Polícia Federal/Divulgação

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A Polícia Federal desencadeou na manhã desta sexta, 14, a Operação Arca da Aliança para investigar empresas suspeitas de operar instituição financeira sem autorização do Banco Central. A ação contra os 'bancos piratas' apura ainda os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que determinou ainda o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões nas contas dos investigados.

 Foto: Polícia Federal

Segundo a PF, foi apurado que duas empresas - sob pretexto de oferecer os serviços de concessão de empréstimos para pessoa física, crédito consignado, portabilidade de crédito e consultoria financeira - captam recursos de terceiros, mediante promessa de aplicação do valor no mercado financeiro e devolução acrescida de rentabilidade atrativa.

As empresas investigadas são a Live Promotora, a Elite Consultoria e a JF Promotora, em São Paulo, além da Nextpar, no Rio.

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Os clientes são, em regra, servidores públicos federais, civis e militares, 'preferencialmente com margem consignável elevada'.

Para viabilizar os investimentos oferecidos, os investigados contrataram empréstimos consignados, diz a PF. Para isso, 'usam indevidamente as credenciais fornecidas por instituições financeiras aos seus correspondentes bancários'.

 Foto: Polícia Federal

De acordo com a corporação, uma das empresas atua desde abril de 2018 em São Paulo e é filial de uma companhia sediada no Rio. Ambas captaram recursos de pessoas físicas no valor total de R$ 20.203.610,46.

Já a outra empresa sediada em São Paulo começou a operar em agosto de 2019 e, em menos de dois meses de funcionamento, captou R$ 2.133.454,42 de pessoas físicas.

Segundo as investigações, uma sociedade limitada no Rio de Janeiro controla as duas empresas de São Paulo. A companhia fluminense cria diversas pequenas empresas individuais de responsabilidade limitada em nome de 'laranjas' , geralmente consultores de vendas, supervisores ou gerentes que se destacaram na 'venda' dos 'produtos', diz a PF.

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 Foto: Polícia Federal

 Foto: Polícia Federal

 Foto: Polícia Federal

 Foto: Polícia Federal

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com a defesa das empresas investigadas. O espaço está aberto para manifestação. (pedro.prata@estadao.com) (luiz.vassallo@estadao.com)

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