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PF investiga superfaturamento de R$ 600 mil em equipamentos e materiais de proteção para combate ao coronavírus no Amapá

Operação Virus Infectio (vírus da corrupção em português) faz buscas contra a empresa de equipamentos hospitalares que foi contratada pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá para fornecimento dos insumos e seus sócios

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Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

 Foto: Pixabay/@leo2014/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta, 29, a Operação Virus Infectio (vírus da corrupção em português) para apurar indícios de superfaturamento na compra de equipamentos de proteção individual e materiais de proteção hospitalares pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá (FES), por meio de dispensa de licitação.

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Segundo a PF, o valor pago à empresa contratada pelos itens analisados foi de aproximadamente R$ 930 mil. No entanto, o valor de referência para os produtos seria de quase R$ 291 mil, 'o que mostra que foram gastos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional', diz a corporação.

Agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão, um na empresa de equipamentos hospitalares que foi contratada para o fornecimento dos insumos e outro na residência de seus sócios.

A ação contou com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Segundo a PF, verificou-se 'fortes indícios' de superfaturamento em em pelo menos seis dos quinze itens de de proteção individual comprados pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá.

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Já com relação aos lotes de materiais de proteção hospitalares analisados, a PF afirma que há 'variações de valores significativas, com destaque para as máscaras duplas e triplas que atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente'.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação e participação em organização criminosa, cujas penas chegam a 14 anos de reclusão.

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