Pepita Ortega
18 de junho de 2019 | 09h23
Tablet. Foto: Pixabay / TeroVesalainen
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça, 18, a segunda fase da Operação Reboot, que apura irregularidades em licitação da Secretaria de Saúde de Marília para aquisição de 450 tablets com verbas oriundas do Ministério da Saúde.
Segundo a PF, a concorrência pública aconteceu em 2016 e há indícios de que os valores dos dispositivos foram superfaturados.
Agentes cumprem três mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal de Marília, dois deles na cidade do interior paulista e um no município de Cotia, na Grande São Paulo.
A inclusão de cláusulas no edital que restringiram a participação de licitantes pode ter gerado um prejuízo de quase R$ 500 mil aos cofres públicos, informou a Polícia Federal.
Os materiais apreendidos na primeira fase da operação indicaram outros possíveis envolvidos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, apontou a PF.
COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE SAÚDE DE MARÍLIA
A Prefeitura de Marília, por meio da Diretoria de Divulgação e Comunicação, informou:
“A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que o município tem todo interesse no esclarecimento dos fatos divulgados hoje (terça-feira) pela Polícia Federal na Operação Reboot II, ocorridos na gestão anterior do ex-prefeito Vinicius Camarinha.
Informa ainda que, além deste inquérito na PF, existe processo administrativo junto à Corregedoria Geral do Município. Caso comprovada responsabilidade dos gestores à época, as sanções serão aplicadas nos termos da lei. Além do mais, existe uma Ação Civil Pública sobre o mesmo assunto envolvendo os ex-gestores”
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