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PF investiga 'fantasmas' e 'laranjas' em contratos de R$ 2,3 milhões em Sergipe para combate ao coronavírus

Operação Estroinas cumpre 32 mandados de busca e apreensão em três municípios do Estado e também em Pernambuco, Alagoas e Bahia para apurar supostas fraudes em nove procedimentos de dispensa de licitação envolvendo EPI's, materiais de higiene e medicamentos

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Por Redação
Atualização:

Operação Estroinas. Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 20, a Operação Estroinas para investigar fraudes em nove procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo município de Carmópolis, em Sergipe, relacionados ao combate à pandemia do novo coronavírus. Segundo os investigadores, foram encontrados 'fortes indícios' de empresas fantasmas e sócios 'laranjas' envolvidos nas contratações diretas que mobilizaram cerca de R$ 2,3 milhões provenientes do Sistema Único de Saúde.

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Cerca de 83 policiais federais e seis servidores da Controladoria-Geral da União cumprem 32 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. As atividades são realizadas em Carmópolis (15 mandados), Aracaju (9) e Nossa Senhora do Socorro (2). Os agentes também fazem buscas nos Estados de Pernambuco (2), Alagoas (2) e Bahia (2).

Segundo a PF, além dos 'fortes indícios' de empresas fantasmas e sócios 'laranjas' foi apurado que as escolhas das nove empresas contratadas 'foram arbitrárias'.

A corporação indica ainda que as cotações dos preços dos bens, insumos e serviços foram fraudadas: "houve superfaturamento dos bens, insumos e serviços contratados; alguns dos bens adquiridos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 nem sequer foram utilizados; não houve critério para a definição da quantidade e da qualidade dos produtos que precisariam ser adquiridos pelo município; parte dos produtos contratados não foi efetivamente fornecida".

A CGU informou que as contratações envolvem a aquisição de EPI´s (máscaras, luvas, toucas e aventais descartáveis), material de higiene (álcool 70 % líquido e em gel, sabonete líquido e papel toalha) e medicamentos, assim como os serviços de instalação e locação de salas climatizadas na área externa do Hospital Municipal e de sanitização/higienização de veículos e logradouros.

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Os envolvidos são investigados por suposta dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e corrupção ativa, sem prejuízo de outros porventura constatados ao longo das investigações, diz a PF.

A corporação informou ainda que a operação foi batizada de 'Estroinas' como uma referência 'à forma pela qual o dinheiro público foi gerenciado no Município de Carmópolis'.

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