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PF identifica mais cinco envolvidos no assassinato de Bruno e Dom

Investigadores acreditam que novos suspeitos tenham ajudado a ocultar os corpos do indigenista e do jornalista

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Por Rayssa Motta
Atualização:

Restos mortais encontrados nas buscas na Amazônia chegaram a Brasília na quinta-feira, 16, para perícia. Foto: Sérgio Lima/AFP

A Polícia Federal (PF) informou neste domingo, 19, que identificou mais cinco pessoas que teriam participado do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, no Amazonas. Elas teriam ajudado a ocultar os corpos.

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"As investigações continuam no sentido de esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso", diz o comunicado divulgado pela corporação. A PF não informou a identidade dos suspeitos.

Até o momento, três pescadores foram presos na investigação. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido Pelado da Dinha, que se entregou ontem na Delegacia de Atalaia do Norte. Todos teriam participado diretamente do duplo homicídio e tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça do Amazonas.

A Polícia Civil do Amazonas também confirmou que investiga a participação de mais pessoas no crime.

O trabalho de investigação continua em duas frentes. No Amazonas, o comitê de crise criado para encontrar Bruno e Dom continua em busca de elementos que possam ajudar a esclarecer a dinâmica do crime, incluindo a embarcação usada pelo indigenista e pelo repórter quando eles foram assassinados. Em Brasília, peritos do Instituto Nacional de Criminalística examinam os restos mortais recolhidos pela PF.

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Os exames já confirmaram que os corpos são do indigenista e do jornalista. Os peritos também concluíram que eles foram assassinados a tiros: Bruno foi baleado três vezes, na cabeça e no tórax, e Dom uma vez, no peito.

Visita de Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, viajou neste domingo para Tabatinga, no Amazonas, para acompanhar os desdobramentos do caso. O Ministério Público Federal (MPF) tem uma sede na cidade e os procuradores lotados naquela unidade são responsáveis pela área de Atalaia do Norte e região.

O MPF informou que o objetivo da visita é "discutir medidas e ações de restruturação da atuação institucional na região amazônica" e ampliar a articulação do com outros órgãos públicos pra combater organizações criminosas que agem na área e enfrentar violações aos direitos indígenas.

Aras se reúne com procuradores de Tabatinga e representantes do Exército, Polícia Federal e Fundação Nacional do Índio (Funai).

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