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PF faz buscas contra quadrilha que fraudou concurso do TRE de São Paulo e faturou R$ 29 milhões

Operação Erasure, deflagrada nesta quarta-feira, 23, vasculhou endereços de sete investigados que estariam agindo desde 2005, fraudando certames por todo País; Justiça Federal determinou afastamento de servidor que ingressou na Corte eleitoral paulista em 2017

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Por Redação
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 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 23, a Operação 'Erasure' contra uma suposta organização criminosa que fraudou o concurso do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de 2017. De acordo com os investigadores, o grupo atua desde 2005, e teria fraudado outros concursos por todo País conseguindo aprovar dezenas de pessoas que pagaram pelo 'serviço'. A PF estima que a quadrilha tenha obtido mais de R$ 29 milhões com as fraudes sob suspeita.

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Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra sete investigados: um cumprido em Cotia, contra dois investigados; outro em Santos, contra dois alvos das apurações; um em Recife (PE), contra um suspeito; além de duas ordens contra empresas situadas em Boa Vista (RR).

De acordo com a PF, as investigações que culminaram na fase ostensiva aberta nesta quarta, houve comunicação ao presidente do TRE-SP sobre a decisão da Justiça Federal que determinou o afastamento cautelar de um servidor que tomou posse na corte eleitoral já no ano de 2017.

As apurações da PF tiveram início em tal ano, com base em informações em duas operações: a 'Gabarito', que investigou fraude no Concurso do Ministério Público do Rio Grande do Norte; e a 'Porta dos Fundos', que mirou irregularidades em concurso Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, que tem sede em Manaus.

Os investigadores apontam que foi possível identificar o modus operandi do grupo em tais investigações. O grupo lançava mão de táticas como: utilização de 'pontos' e instrumentos de comunicação; professores para realizarem as questões; 'piloto' para conseguir a prova e sair do local após o tempo mínimo; candidatos que pagavam para obter as vagas. A PF indica que um braço da quadrilha teria atuado no concurso do TRE-SP de 2017.

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A PF aponta que os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa ou organização criminosa, a depender da evolução das investigações.

O nome da ofensiva, 'Erasure', significa 'apagamento' e tem relação com o objetivo da operação: "apagar, retirar do setor público, pessoas que obtiveram êxito no concurso público do TRE-SP de 2017 mediante fraude".

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