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PF e Controladoria põem Taturana no rastro de fraudes com dinheiro de três ministérios

Operação deflagrada nesta quinta-feira, 26, mira desvios de R$ 6,4 milhões de recursos federais de Cidades, Agricultura e Turismo, por meio de contratos de seis prefeituras do interior de Minas para pavimentação de ruas, encascalhamento de estradas vicinais e construção de portais

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

 Foto: Fábio Motta/Estadão

A Polícia Federal, a Procuradoria da República e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União deflagraram nesta quinta-feira, 26, em Minas, a Operação Taturana. O objetivo é desarticular organização criminosa especializada em fraudar licitações e desviar verbas federais transferidas a pelo menos seis prefeituras do interior do estado para a execução de obras de infraestrutura.

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Segundo a CGU, as fraudes envolvem recursos das áreas de Cidades (pavimentação de ruas), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (encascalhamento das estradas vicinais) e de Turismo (revitalização de praça central e construção de portais).

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Os valores envolvidos na investigação, relativos a contratos suspeitos, são da ordem de R$ 6,4 milhões.

A CGU não põe sob suspeita os ministérios, mas ex-administradores dos municípios de Minas, cujos nomes não foram divulgados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e dois afastamentos de funções públicas, distribuídos pelos municípios mineiros de Governador Valadares, Virgulândia, Nacip Raydan, Peçanha, Nova Era e Alpercata.

Segundo a Controladoria, as investigações apontam 'a atuação, conjunta e articulada, de ex-prefeitos, servidores públicos e empresários'.

A organização criava empresas, sem capacidade técnica ou financeira, do ramo da construção civil, por meio de 'laranjas' - pessoas interpostas -, para participar de certames licitatórios já direcionados nos municípios envolvidos.

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Após a fraude, destaca a Controladoria, a execução contratual ocorria de forma parcial e diferente do objeto contratado, utilizando-se de mão de obra terceirizada e do maquinário das próprias prefeituras, para reduzir custos e maximizar os lucros do grupo.

Até a vistoria das obras era realizada por um integrante da organização, que atua como engenheiro fiscal, e emitia certificados falsos de regularidade.

A Operação Taturana mobilizou seis auditores da CGU e 41 policiais federais.

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