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PF deve indiciar João Santana nesta quarta na Operação Acarajé

Operação Xepa foi deflagrada um dia antes de marqueteiro do PT, preso desde 23 de fevereiro como alvo da 23ª fase da Lava Jato, ser formalmente indiciado por lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa pelo recebimento de US$ 7,5 milhões em conta secreta

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Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

O marqueteiro João Santana e Mônica Moura em Curitiba. FOTO: REUTERS/Rodolfo Buhrer Foto: Estadão

A deflagração da Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato - nesta terça-feira, 22, acontece um dia antes da Polícia Federal indiciar o marqueteiro do PT João Santana, que está preso em Curitiba, junto com a mulher e sócia, Mônica Moura, por lavagem de dinheiro, corrupção e pelo envolvimento no esquema de cartel e propinas na Petrobrás.

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Investigados pelo recebimento de pelo menos US$ 7,5 milhões do esquema de corrupção descoberto na Petrobrás - controlado por PT, PMDB e PP -, o casal de marqueteiros do PT está preso cautelarmente desde 23 de fevereiro, alvo da Operação Acarajés, 23ª fase da Lava Jato. Com o relatório de indiciamento da PF, o Ministério Público Federal denuncia formalmente Santana e Mônica na próxima semana, ao juiz federal Sérgio Moro.

A operação deflagrada nesta terça-feira, 22, é um desdobramento da primeira fase que mirava João Santana e os pagamentos feitos em conta secreta do casal na Suíça pela Odebrecht - empreiteira do cartel que atuava na Petrobrás - e pelo operador de propinas Zwi Skornicki. São 110 mandatos, com 11 prisões temporárias e 4 de preventiva e 28 conduções coercitivas. Ao todo, 380 policiais cumprem os mandatos do juiz federal Sérgio Moro, em oito estados e Distrito Federal.

A 26ª fase mira os pagamentos paralelos da Odebrecht, com recebimentos pelo marqueteiro do PT e outros. "A partir da análise de e-mails e planilhas apreendidas, apurou-se que pelo menos 14 executivos de outros setores do Grupo Odebrecht, que demandavam 'pagamentos paralelos', encaminhavam aos funcionários as diversas solicitações de pagamentos ilícitos, de forma que a contabilidade paralela e a entrega dos valores espúrios ficassem centralizados nesta estrutura específica", informou a força-tarefa da Lava Jato.

 

"A partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos, mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Mônica Moura e João Santana", informa o MPF.

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