A Polícia Federal deflagrou neste sábado, 9, a Operação Thoth para recolher provas de suspeita de fraudes e atos irregulares durante a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo, 3.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas residências de aplicadoras do teste suspeitas de fraudar o primeiro dia de provas. Os celulares das suspeitas foram levados para perícias. Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza.
Em nota, a Polícia Federal informa que continua atuando em parceria com oInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para apurar fraudes semelhante na Bahia e no Rio de Janeiro.
No último domingo, alunos de todo país responderam perguntas de Linguagens e Ciências Humanas, além de redigirem uma redação dissertativa sobre a democratização do acesso ao cinema no Brasil.
O segundo dia de provas será realizado neste domingo, 10, em todo o País.
Prova vazada. No domingo, uma fotografia da folha da prova com o tema da redação e os textos de apoio circulou as redes sociais minutos após o início do teste. O Inep confirmou o vazamento, mas disse que ele não atrapalhou a aplicação do exame. A PF foi acionada para apurar este caso.
Pelas normas do Enem, o candidato não pode usar celular ou qualquer dispositivo eletrônico após entrar no local de aplicação da prova. Os portões se fecham às 13h e o teste tem início pontual às 13h30. Apesar disso, por volta das 14h, já circulava a foto da redação. Se a fraude tiver sido feita por aluno, ele será desclassificado.
Pelas redes sociais, o ministro Abraham Weintraub (Educação) havia informado que, segundo informações iniciais,o autor do clique seria de Pernambuco e era um aplicador do exame.
"A foto é verdadeira, mas em nada compromete a realização da prova. Todos os procedimentos de segurança já tinham sido feitos, a prova já tinha sido distribuída e alguém tirou uma foto e colocou nas redes", disse o ministro. "Não compromete em nada, tudo segue normal. A PF vai identificar a pessoa responsável e tomar as providências legais".
Em seguida, ao ser confrontado sobre o vazamento, o ministro reafirmou que quem vazou a prova foi um aplicador do Enem e que iria "escangalhar ao máximo a vida dele". "A gente vai atrás de absolutamente tudo para que essa pessoa pague pela má-fé e falsidade", disse.
Após o vazamento, o Inep proibiu aplicadores do Enem de usarem telefones celulares dentro dos locais de aplicação da prova. A orientação do instituto é para os profissionais guardarem os aparelhos dentro de envelopes ou porta-objetos-- igual fazem os alunos que prestam o exame.