A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 21, a Operação Greenwich, 52ª fase da Lava Jato, no Paraná. As investigações avançam para a apuração de crimes contra subsidiárias da Petrobrás, como a Petrobrás Química S/A - Petroquisa.
Quarenta policiais federais cumprem 11 ordens judiciais - um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão. As medidas estão sendo cumpridas nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Timbaúba, ambas em Pernambuco.
Em nota, a PF afirma que 'o esquema criminoso identificado em várias oportunidades em contratações da Petrobrás se repetiu também em suas subsidiárias'.
"As informações e provas reunidas até o momento demonstram que o Grupo Odebrecht foi favorecido na obtenção de contratos, em troca de repasses de recursos a funcionários da empresa, quer seja através da entrega de valores em espécie, quer seja através de remessas para contas bancárias estabelecidas no exterior", informa a PF.
"As contratações eram direcionadas com o estabelecimento de parâmetros que só poderiam ser atendidos por empresas do Grupo Odebrecht."
O nome atribuído à operação policial (Greenwich) remete a uma das contas bancárias mantidas no exterior e destinada ao recebimento de valores indevidos e transferidos pelo GRUPO Odebrecht a funcionários de subsidiárias da PETROBRAS em troca da "defesa" de interesses do grupo empresarial nas contratações.
As investigações apontam para a prática de diversos crimes como a fraude em processos de contratação das empresas das subsidiárias da Petrobrás em favor da Odebrecht, corrupção, crimes financeiros e lavagem de ativos.
Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição do Juízo da 13a Vara Federal.
Discriminação dos mandados
RIO DE JANEIRO/RJ 01 mandado de busca e apreensão 01 mandado de prisão preventiva
RECIFE/PE 07 mandados de busca e apreensão 01 mandado de prisão temporária
TIMBAÚBA/PE 01 mandado de busca e apreensão.
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
As investigações que resultaram na 52ª fase da Operação Lava Jato têm origem em informações fornecidas na colaboração da Odebrecht e de seus ex-executivos. A empresa assinou Acordo de Leniência com o Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala. Implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes. E adotou modelo de gestão que valoriza não só a produtividade e a eficiência, mas também a ética, a integridade e a transparência.