A Polícia Federal redescobriu nesta terça-feira, 16, a terra que Pedro Álvares Cabral avistou há 517 anos. Desde cedo, agentes federais estão no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, em Porto Seguro, ao Sul da Bahia, na caçada a um grupo sob suspeita de extração ilegal de madeira e comércio clandestino de produtos fabricados com riquezas da floresta. A PF batizou a missão de Operação Desmonte.
A ação conta com apoio da Companhia Independente de Poli?cia de Protec?a?o Ambiental (CIPPA), Companhia de Ac?o?es Especiais da Mata Atla?ntica (CAEMA), ICMBio, IBAMA, Poli?cia Rodovia?ria Federal, Gerencia Regional do Trabalho em Euna?polis e do 6.º Grupamento de Corpo de Bombeiros de Porto Seguro.
As investigac?o?es tiveram início com informac?o?es reunidas pela fiscalizac?a?o do ICMBio, as quais foram ampliadas atrave?s de dilige?ncias policiais realizadas no Distrito de Sa?o Joa?o do Monte (Montinho), munici?pio de Itabela (BA), o que inspirou o nome da operac?a?o.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensa?o em fa?bricas, serrarias e depo?sitos suspeitos de beneficiar, armazenar e revender produtos manufaturados - gamelas, pilo?es, farinheiras, ta?buas de cozinha, colheres, descansos de mesa e outros artigos - com madeiras que teriam sido retiradas do interior do Parque, unidade de conservac?a?o federal de protec?a?o integral.
A PF informou que os suspeitos podem ser indiciados com base nos artigos 180 do Co?digo Penal (receptação) em concurso formal com os artigos 40 e 46, para?grafo u?nico, da Lei 9.605/98 - causar dano a? unidade de conservac?a?o e adquirir, para fins comerciais, madeira e outros produtos de origem vegetal sem licenc?a va?lida outorgada pela autoridade competente