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PF caça grupo por fraude milionária na merenda do Mais Educação em Roraima

Segunda fase da Operação Tântalo cumpre quatro mandados de prisão preventiva e faz nove buscas em Boa Vista; a Justiça determinou ainda o sequestro e bloqueio de R$ 5 milhões dos envolvidos, além de quebra de sigilo bancário e fiscal

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Imagem ilustrativa. Foto: PAULO LIEBERT/ESTADÃO

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 4, com apoio do Ministério Público Federal, a segunda fase da Operação Tântalo para prender membros de organização criminosa que desviava recursos públicos da merenda escolar no âmbito do Programa Mais Educação entre 2016 e 2018.

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Agentes cumprem quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em Boa Vista (RR). As ordens foram expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima.

A Justiça determinou ainda a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos e o sequestro de bens e bloqueio de valores de R$ 5 milhões.

Segundo a investigação, a empresa responsável pelo fornecimento de alimentos para merenda escolar junto ao Governo de Roraima teria recebido, só em 2018, mais de R$ 7 milhões.

No entanto, a companhia pertenceria a um 'laranja', informou a PF. Os verdadeiros responsáveis não tinham vínculo com a empresa ou eram proprietários de outros estabelecimentos, para os quais a maior parte do dinheiro era destinada.

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De acordo com a Polícia Federal, uma das empresas, envolvida no esquema desmontado pela primeira fase da operação, estaria tentando obter novos contratos com o Governo de Roraima por meio da participação em processos licitatórios.

A primeira fase da Operação Tântalo foi deflagrada em dezembro de 2018. A PF tinha o objetivo de desarticular um esquema que desde 2016 realizava a entrega parcial de alimentos, mas recebia atestado de recebimento integral dos produtos - emitidos por servidores integrantes da organização. Em alguns casos, os produtos eram substituídos por itens mais baratos.

Na ocasião, foram presos o proprietário da empresa que detinha o contrato de fornecimento de alimentos e outros três envolvidos.

Segundo a PF, o nome da operação, Tântalo, faz referência a um personagem da mitologia grega 'que foi castigado a nunca conseguir alcançar água e alimentos, apesar de viver cercado destes em abundância, restando em eterno suplício'.

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