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PF caça 23 na Operação Arquimedes contra extração e comércio ilegal de madeira na Amazônia

Operação Arquimedes, deflagrada nesta quinta-feira, 25, investiga corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

 Foto: PF

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta quinta-feira, 25, a operação Arquimedes. A investigação mira um esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.

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Um ex-superintendente do Ibama é alvo.

Em nota, a PF informou que a operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite que possibilita à Polícia Federal identificar novos focos de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco.

A Arquimedes investiga a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

A PF atua em duas frentes de investigação criminal por meio de dois inquéritos policiais: a primeira, sobre a extração, exploração e comércio ilegais de madeira, e, a segunda, sobre a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

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Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 ordens de busca e apreensão cumpridos nos estados do Acre, Amazonas, de Minas, de Mato Grosso, do Paraná, de Rondônia, de Roraima e de São Paulo e no Distrito Federal. A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 50 milhões nos CNPJ´s das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.

A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira. A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.

Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.

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