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PF ataca lavagem de dinheiro, faz buscas no Ministério do Turismo e prende aliados de Henrique Alves

Agentes da Operação Lavat, desdobramento da Manus, que em junho prendeu o ex-ministro dos Governos Dilma e Temer, cumprem mandados na Esplanada

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Por Julia Affonso , Luiz Vassallo , Fausto Macedo e Ricardo Araújo
Atualização:

 Foto: Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 26, a Operação Lavat, destinada a desarticular organização criminosa investigada na Operação Manus, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro. A PF faz buscas no Ministério do Turismo.

Em junho, a Manus prendeu o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

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Foram presos três ex-assessores do peemedebista: Aluísio Henrique Dutra de Almeida, Norton Domingues Masera e José Geraldo Moura Fonseca Jr.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da InterTV Cabugi em Natal, emissora na qual Henrique Alves tem participação societária.

Em nota, a PF informou que cerca de 110 policiais federais cumprem 27 mandados judiciais, sendo 22 mandados de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva em Natal/RN, Parnamirim/RN, Nísia Floresta/RN, São José do Mipibu/RN, Angicos/RN e Brasília/DF.

Durante a análise do material apreendido da Manus, 'foram identificadas fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes a organização criminosa, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores para o chefe do grupo'.

"Foi identificado também esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do Estado visando obter contratos públicos, que somados alcançam cerca de R$ 5,5 milhões para alimentar a campanha ao governo do Estado de 2014", diz a PF.

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O nome da operação ainda é referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat", cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.

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A reportagem está tentando contato com as defesas dos investigados.

COM A PALAVRA, HENRIQUE ALVES

A afirmação de que terceiros estariam lavando dinheiro de Henrique Alves é absolutamente falsa e mentirosa. Andressa, filha de Henrique, está vendendo um imóvel de sua propriedade para pagar dívidas e garantir sua sobrevivência. A suposição de que a esposa de Henrique, Laurita, tivesse obtido documento falso sobre a sua condição de saúde é uma infâmia que atinge não apenas a ela, mas ao médico que o atende e a este advogado que jamais utilizaria de subterfúgio para enganar a Justiça. Basta uma consulta ao controle de entrada da Academia de Polícia para constatar a visita periódica de fisioterapeuta para tratamento de sua enfermidade. É lamentável que pessoas inocentes sejam envolvidas em investigação estéril e sem qualquer fundamento. A defesa apresentou resposta em que refuta com provas e documentos todas as acusações e confia na Justiça e na absolvição de seu cliente por ser inocente.

Marcelo Leal de Lima Oliveira OAB/DF 21.932

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COM A PALAVRA, A INTERTV CABUGI

A direção da Intertv Cabugi informou que Herman Ledebour é procurador e representante de Henrique Alves, sócio minoritário.  A direção reforça que a empresa sempre atuou de forma isenta em relação às investigações, noticiando o passo a passo das dos processos contra Henrique e outros investigados pela polícia federal e Ministério Público.  E embora não seja alvo do processo está à disposição pra qualquer esclarecimento

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