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PF apreendeu R$ 53 mil em 'envelopes brancos' no apartamento de Sérgio Cabral

Dinheiro vivo foi encontrado durante buscas da Operação Calicute no dia 6 de dezembro, quando mulher do ex-governador foi presa

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Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral e a mulher Adriana Ancelmo em viagem pela Europa. Foto: Reprodução/Blog do Garotinho

A Polícia Federal achou 'envelopes brancos' contendo o valor total de R$ 53.05 mil em dinheiro vivo no apartamento do casal Sérgio Cabral (PMDB) e Adriana Ancelmo, no Leblon. O dinheiro estava separado em notas de R$ 50 e de R$ 100. Cabral e Adriana foram capturados na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que imputa ao ex-governador mesadas de até R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

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Os envelopes foram apreendidos no local identificado como 'escritório/quartos', durante busca e prisão da mulher do ex-governador do Rio, em 6 de dezembro. Segundo a PF, o deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho de Sérgio Cabral e enteado de Adriana, acompanhou as buscas.

A Federal levou para análise três computadores, dois iPads, que estavam 'pela residência', e um volume com 'diversas joias ou bijuterias', encontrados no quarto de Adriana.

A equipe da Calicute deixou uma observação sobre as peças. "Joias ou bijuterias a serem discriminadas na sede da Polícia Federal."

A Operação Calicute apreendeu quatro relógios das marcas Patek Philippe, Balme & Mercier, Bvlgari e Cartier, 13 'aneis diversos', 33 brincos e 26 de colares.

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O ex-governador foi preso em 17 de novembro e levado para o Complexo de Bangu. Após irregularidades nas visitas, o ex-governador foi transferido para Curitiba no sábado, 10. A mulher do peemedebista, capturada em 6 de dezembro, está no Complexo de Bangu.

Em 17 de novembro, Adriana havia sido conduzida coercitivamente. Na ocasião, declarou que estava disposta a colaborar. Ao ser presa em regime preventivo, a mulher de Sérgio Cabral ficou em silêncio.

O peemedebista já é réu em ação penal da Operação Calicute, na Justiça Federal do Rio, por quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.

Sérgio Cabral é acusado por 164 atos de lavagem de dinheiro e 49 de corrupção passiva. São acusados no mesmo processo 12 aliados do ex-governador, inclusive sua mulher e ex-secretários de Estado.

O peemedebista teria chefiado um grupo que girou R$ 224 milhões em corrupção. A defesa de Sérgio Cabral não se manifestou ainda sobre as acusações.

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