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Perspectivas econômicas do Brasil para 2020

Esta é a época do ano em que todas as pessoas desejam conhecer algumas informações sobre a economia brasileira e internacional. Estas perspectivas são realizadas através da projeção e comentários obtidos sobre um grupo de indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e seus componentes, perspectivas do emprego ou desemprego, o crescimento da renda, o desempenho da inflação, perspectivas relacionadas ao câmbio, ao fluxo resultado do relacionamento internacional- financeiro e comercial-, e das expectativas criadas por empresários de significativas empresas do país. Para o ano que vem, espera-se que depois de desistir da criação de uma CPMF, a reforma tributária, conforme o jornal O Estado de S.Paulo de 18 de novembro de 2019, venha a ser estabelecida em quatro etapas, para finalmente criar as condições para um maior crescimento da economia nacional.

Por Agostinho Celso Pascalicchio
Atualização:

Assim, para 2020, as projeções realizadas por analistas especializados na área de estimativas da economia brasileira, indicam para o PIB venha a crescer o dobro do que o de 2019, uma taxa em torno de 2%. Para 2020 são mantidas as projeções favoráveis ao desempenho do setor agropecuário. No segmento industrial o desempenho favorável é dado aos bens de consumo não-duráveis e ao setor de consumo de bens duráveis como os eletrodomésticos. O desemprego deve apresentar uma ligeira redução, graças ao melhor desempenho do PIB, porém, sem nenhuma redução significativa, pois o crescimento do país não será, também, muito significativo.

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A renda da população não deverá apresentar incremento expressivo. Grande parte dos dispêndios estarão voltados para os setores de bens de consumo. Este comportamento deverá estimular o setor de vendas a varejo da sociedade. É possível que o segundo semestre do ano, graças a circulação de fontes de recursos, como o do FGTS, seja melhor do que o primeiro.

A inflação, em consequência do ligeiro aumento da atividade econômica, deixará de apresentar a tendência de queda. Espera-se, em consequência deste comportamento da inflação, o Banco Central do Brasil reflita uma postura mais favorável a taxas de juros mais baixas e uma menor preocupação com a alta dos preços, favorecendo de forma pró ativa o crescimento econômico. O menor juro básico da economia colabora com a redução da dívida interna do país. Espera-se que, simultaneamente a estas expectativas, as instituições de fomento do país venham a assumir um papel relevante no financiamento de obras essenciais para a melhoria da infraestrutura do país. Algumas privatizações poderão ocorrer para suprir com alguns recursos o governo federal e os estaduais.

Cenário internacional

Do lado internacional, os efeitos positivos do crescimento da economia europeia, chinesa e dos Estados Unidos podem vir a causar muitas oscilações sobre a economia mundial. A guerra comercial China e Estados Unidos continuará. Ainda deve ser somado o efeito Brexit. Os países da América Latina, com instabilidades latentes, também podem agir colaborando na redução dos investimentos externos destes países. Esta redução poderá atingir também o Brasil. Assim, o cenário externo- no seu conjunto- cria grandes volatilidades e possivelmente maiores do que as observadas em 2019. Estes efeitos somados aos ajustes da economia doméstica trarão reflexos sobre a taxa de câmbio e bolsa de valores. É grande a probabilidade de que a renda variável continue atraindo apenas os investidores domésticos para o setor.

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O ano de 2020 será um ano de ajustes, de mudanças e com muitos fatos latentes sobre a economia nacional e internacional. São ajustes e alterações que ainda causarão oscilações e impactos sobre a formação das expectativas e no comportamento da atividade produtiva, nos fluxos comerciais e financeiros do país e do mundo.

*Agostinho Celso Pascalicchio, doutor em Ciências; mestre em Teoria Econômica pela University of Illinois at Urbana-Champaingn/USA. Bacharel em Ciências Econômicas e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie nas áreas de economia, economia da energia e engenharia econômica/finanças

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