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Peritos da PF fizeram 1.525 laudos na Lava Jato

Em quatro anos da maior operação já realizada contra a corrupção no país, os especialistas produziram 716 laudos sobre computadores e 412 sobre dispositivos de armazenamento de dados, entre outros trabalhos decisivos para os processos que levaram à condenação de políticos, empresários, doleiros e ex-dirigentes da Petrobrás

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Atualização:

 Foto: Assessoria de imprensa da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais

Nos 4 anos da Operação Lava Jato um intenso trabalho de análise científica das provas coletadas foi responsável por embasar as decisões do juiz Sérgio Moro e do Supremo Tribunal Federal. De março de 2014 até agora, os peritos criminais federais já produziram 1.525 laudos sobre os materiais coletados nas buscas e apreensões da Operação Lava Jato e sobre informações levantadas nas delações premiadas.

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O trabalho dos peritos foi decisivo para os processos que levaram à condenação de políticos, empresários, doleiros e ex-dirigentes da Petrobrás.

O acervo de laudos inclui 716 sobre computadores e 412 laudos sobre dispositivos de armazenamento de dados, além de 140 laudos de exames financeiros e contábeis, 27 sobre locais de internet, 11 sobre local de informática e 16 sobre documentos de engenharia.

Os peritos realizaram, ainda, exames de avaliação de bens (4 laudos), de armas (2), de munições (1), de autenticidade de documentos (2) e de áudios e imagens (2).

O trabalho da perícia ficou mais em evidência, ainda, recentemente com a divulgação do laudo de 300 páginas sobre o sistema Mywebday, usado pela Odebrecht para registrar movimentação de propinas.

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A base de dados só pôde ser acessada quando enviada aos peritos, que abriram o sistema e descobriram que algumas provas foram destruídas.

"As análises científicas feitas pela perícia criminal federal têm sustentado a Lava Jato dando segurança para os juízes e também para os ministros do Supremo Tribunal Federal tomarem suas decisões", afirma Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais.

Segundo Camargo, 'houve prejuízo para a operação nas ocasiões em que se dispensou a produção da prova material, produzida pela perícia criminal federal'.

"Isso aconteceu em algumas delações fechadas sem a devida análise das provas", afirma o perito.

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