Um grito de "pega Ladrão" rompeu o silêncio na rua de casas de luxo, cercadas por muros altos, onde mora o empresário Joesley Batista, neste domingo, 10, dia em que o executivo se entregou à Polícia Federal para o cumprimento de sua prisão temporária, determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Era o protesto de um motorista que chegava na casa vizinha a do dono da J&F.
Diante da presença da imprensa em frente à residência, os moradores que passam gritam mensagens de protesto. "Cadeia!", disse um senhor que não se identificou. Outra vizinha de uma rua próxima disse apoiar o trabalho dos jornalistas: "gostaria muito que vocês filmassem ele sendo preso".
Vizinhos do empresário Joesley Batista têm apoiado a prisão do dono da J&F. A rua arborizada e de grandes casas é a rota de motoristas e pessoas que se exercitam ou passeiam com cachorros. Após a notícia desta manhã de que o pedido de prisão de Joesley foi aceito pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria dos frequentadores do bairro expressou apoio à prisão.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu atender ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determinou a prisão dos dois delatores do grupo J&F.