Cabeça da chapa de oposição nas eleições da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a advogada e professora de Direito Patrícia Vanzolini disse neste sábado, 16, que a relação da classe com a entidade 'chegou ao fundo do poço' na pandemia.
"Passamos um ano em que a advocacia foi massacrada. Fecharam os nossos escritórios e os fóruns e não nos perguntaram nada. Nos enfiaram audiências online sem nos perguntarem se funciona ou não. Desligam nossos microfones no meio de uma audiência. Calam a nossa voz e nos humilham. E a OAB não fez nada - nem no nível federal e nem estadual", afirmou no evento de lançamento da candidatura.
Entre as bandeiras de campanha estão baixar a anuidade dos associados e modernizar a secional. O vice é o criminalista Leonardo Sica.
Em seu discurso, a advogada pregou 'esperança' e se comprometeu a não disputar um segundo mandato caso seja eleita para o próximo biênio. "Quem é candidato à reeleição faz campanha e não gestão", disse.
Em quase noventa anos de história, a OAB-SP nunca teve uma mulher na presidência. A chapa dela tem, pela primeira vez, mulheres concorrendo aos cargos de presidência da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP) e à Secretária-Geral.
Desde a abertura da inscrição das chapas que vão concorrer às próximas eleições, marcadas para 25 de novembro, o OAB-SP passa por um momento de turbulência que resultou inclusive em baixas na gestão do atual presidente Caio Augusto Silva dos Santos, que disputa a reeleição. Além da chapa de Patrícia, a criminalista Dora Cavalcanti também faz oposição.