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Pastor que 'incorporava anjo' para abusar de menores fiéis pega 44 anos de prisão

Segundo o processo, líder de igreja evangélica dizia que livraria os jovens de pecados; para juíza Tatiane Moreira Lima, a prática de atos libidinosos mediante fraude é ‘indubitável’

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Anjo. Foto: Pixabay

A Justiça de São Paulo condenou um pastor por abuso sexual de de pelo menos três fiéis de sua igreja, entre eles dois menores de idade, entre 2015 e 2018. A juíza Tatiane Moreira Lima, do Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra o Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoa (SANCTVS), determinou que o homem cumpra pena de 44 anos de prisão em regime inicial fechado.

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Cabe recurso da decisão, mas o pastor não poderá apelar em liberdade. O processo corre em segredo de justiça.

Segundo os autos do processo, o pastor dizia que incorporava um anjo que livraria os jovens de pecados, indicam as informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

As vítimas acabaram se encontrando, conversaram e decidiram denunciar o caso à polícia. O líder da igreja evangélica chegou a ameaçar os jovens para que os abusos não chegassem às autoridades.

Na avaliação de Tatiane a prática de atos libidinosos mediante fraude é 'indubitável'.

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Para a juíza, a palavra das vítimas foi suficiente para a tomada de decisão, embora não haja testemunhas presenciais.

Tatiane observou ainda que os depoimentos das vítimas tem 'peculiaridades que somente quem foi submetido a situações dessa natureza seria capaz de relatar'.

"É inconteste que os fatos aqui relatados não poderiam ser fruto de mera imaginação infantil", indicou.

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