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Para ser feliz precisa de estratégia

Por Cassio Grinberg
Atualização:
Cassio Grinberg. FOTO: DIVULGAÇÃO  

Sabe aquela pessoa para quem a felicidade parece um tipo de dádiva natural? Aquela pessoa que você olha e pensa: cara, como ela consegue? Ser tão otimista, tão calma? Tão leve?

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Eu não sou essa pessoa, e desconfio que, provavelmente, você não seja também. Mas eu sou uma pessoa que persegue isso com muito foco, com boa ajuda, e com uma boa combinação de estratégias.

Acredito, pelo meu trabalho de criar estratégias junto com empresas, que estratégias são escolhas, e escolhas também são renúncias. Acredito também que a felicidade dos CNPJs é a soma da felicidade dos CPFs, mas não é apenas disso que estou falando.

Estou falando que minha principal estratégia para ser feliz é algo muito simples mas, ao mesmo tempo, muitas vezes difícil de conseguir: quer ser feliz? Não faça coisas que irão deixar você triste. Sou mais feliz acordando tarde ou acordando cedo? Sou mais feliz esportista ou sedentário? Falando ou calando? Amando ou odiando? Tentando ou invejando?

Renuncie sem medo.

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Trata-se de um movimento que, como toda a boa estratégia, requer não apenas estratégia, mas disciplina. Gosto de pensar que o hábito é o filho da disciplina, e disciplina é algo que todo mundo tem. Mas que, muitas vezes, acessamos pela via contrária: muitas pessoas têm disciplina para acender um cigarro, ficar duas horas nas redes, ou reclamar da vida.

Minha mãe era uma pessoa impressionante, e muito de suas atitudes só se tornaram claras para mim alguns anos depois que ela partiu. Eu, que fui um adolescente de óculos grossos que caminhava um pouco curvado, nunca entendi como, em segundos, minha mãe já conseguia conversar com uma pessoa que recém tinha conhecido como se a conhecesse há anos. Nós íamos a pé até o banco e ela me ensinava que o homem deve caminhar pelo lado de fora da calçada, protegendo a mulher (faço isto até hoje). Minha mãe era uma pessoa para quem a felicidade vinha fácil? Não. Diversas vezes vi minha mãe angustiada e triste. Mas ela escolhia a visão, a arte, o carinho, a criatividade, o esporte, a maternidade, a curiosidade, o diálogo e as amizades, e me dizia: vai atrás!

O que estou escrevendo vale também para outros aspectos da vida. Diversos estudos já mostraram que uma pessoa não necessariamente nasce empreendedora, líder, comunicativa, emocionalmente inteligente, e se acreditamos que esses outros aspectos da vida podem ser conquistados e aprimorados com disciplina, por que não a felicidade? Um DNA sozinho não faz verão.

O que faz você mais feliz?

*Cassio Grinberg, sócio da Grinberg Consulting e autor do livro Desaprenda - como se abrir para o novo pode nos levar mais longe

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