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Para general Augusto Heleno, divulgação de íntegra do vídeo de reunião ministerial é 'ato antipatriótico'

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional defendeu que possibilidade de tornar registro público beira 'atentado à segurança nacional'

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Por Rayssa Motta
Atualização:
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), se manifestou contrário à divulgação da íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, peça chave no inquérito sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Em publicação no Twitter nesta quarta-feira, 13, o ministro defendeu que tornar o registro público seria 'ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional'.

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A reunião contou com a participação de mais de 30 pessoas, incluindo ministros, assessores e secretários e, segundo Heleno, tratou de assuntos confidenciais.

Até o momento, o vídeo foi exibido apenas a investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, além da defesa de Sérgio Moro, do próprio ex-ministro e de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), que tiveram permissão ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para assistir ao conteúdo.

A defesa de Moro pediu ao decano, relator do inquérito sobre suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF, que determine a divulgação da íntegra do vídeo, ou ao menos que, 'sejam publicizadas todas as falas do presidente durante tal reunião'. Segundo os advogados do-ex Ministro da Justiça e Segurança Pública, por se tratar de um ato oficial do governo, a divulgação integral do conteúdo caracterizará 'verdadeira lição cívica'.

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Fontes que acompanharam a exibição do vídeo avaliam que o conteúdo da gravação 'escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da Polícia Federal a seus filhos' e que Jair Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da corporação no Rio de Janeiro à defesa de seus próprios filhos alegando que sua família estaria sendo 'perseguida'.

 

 

 

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