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Para aqueles que controlam e manipulam o poder em Brasília

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Por Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio
Atualização:

A decadência política é, de várias maneiras, uma condição do desenvolvimento político: o antigo tem que entrar em colapso para dar lugar ao novo.

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As transições podem ser extremamente caóticas e violentas, e não há garantias de que as instituições políticas se adaptarão, de forma contínua e pacífica, às novas condições.

O movimento é sobre substituir um establishment político falido e corrupto, por um novo governo efetivamente controlado por nós e pelos mais de 209 milhões de pessoas que compõe o povo brasileiro.

Para aqueles que controlam e manipulam o poder em Brasília, que não tem o nosso bem em mente, o movimento representa uma clara ameaça para a sua existência.

Por isso, em outubro, não se trata apenas de mais uma eleição de 4 anos.

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Estamos diante de uma encruzilhada na nossa história e na história do nosso país, que irá determinar se nós, o povo, retomaremos o poder sobre o nosso governo.

É uma batalha sobre a sobrevivência da nossa nação, que determinará se superaremos a ilusão de que vivemos, de fato, em uma democracia.

Não é fácil perceber a presença de democracia quando o julgamento de inúmeros políticos, que comprovadamente cometeram crimes, se arrasta por décadas, até que prescrevam.

Também não é fácil identificar a democracia quando alguns ministros do Supremo Tribunal Federal decidem numa turma contra decisão do plenário e colocam em liberdade condenado a mais de 30 anos de prisão.

Idem em relação a plantonistas amigos.

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As instituições são padrões recorrentes de comportamento estáveis e valorizadas (Samuel Huntington), cuja função mais importante é facilitar a ação coletiva humana (Francis Fukuyama).

Estamos assistindo a rápido processo de desestabilização das instituições, ao mesmo tempo em que, progressivamente, vem sendo desvalorizadas. Resultado: a ação coletiva vem sendo dificultada.

Dentre os mais de 209 milhões de brasileiros, somos mais de 147 milhões de eleitores.

Sempre com as cautelas que pesquisas de intenção de voto exigem, aproximadamente 41 milhões de eleitores, ou 28%, declaram voto em branco ou nulo, quando perguntados em quem votarão para presidente da República.

Outros 44 milhões de eleitores, ou 30%, aproximadamente, declaram que votariam num condenado criminalmente em 2.ª instância e réu em outras cinco ações penais.

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Seja qual for o significado que você atribua a esses números, não devemos perder nossa identidade, como brasileiros que somos, e continuar a exercer com inteligência nossa cidadania, tendo o Brasil acima de tudo.

A cada dia aumenta a tomada de consciência dos eleitores de que são titulares do direito humano de votar em candidatos sem filiação partidária/e de serem votados na mesma condição.

*Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio, advogado. Sócio da Advocacia L. P. Fazzio

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