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Pandemia reforça o protagonismo do aprendizado contínuo

Por Bruno Leonardo
Atualização:
Bruno Leonardo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), com a consequente crise econômica, deixa claro a importância de sempre adotarmos uma atitude proativa e positiva frente às adversidades. Uma máxima que vale para crises econômicas, questões sanitárias e também para a nossa carreira. Afinal, cada um deve ser o próprio fomentador do seu conhecimento. Assim, como costumo dizer, quem não tem a cultura do aprendizado contínuo está destinado a colher prejuízos frente à própria obsolescência.

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Depois de um ano em uma nova dinâmica de trabalho e demandas, em um mundo com características e desafios surpreendentes, avalio que a atual pandemia nos deixou muito mais cautelosos em relação às decisões de longo prazo, pois ainda precisamos entender como o mercado vai funcionar a partir desse impacto tão transformador em nossas vidas. Uma transformação que segue em andamento e que não sabemos onde vai parar, por mais estudiosos e por mais instrumentos que tenhamos para construir cenários. É comum sabermos minimamente onde estamos, mas ainda temos muitas dúvidas para onde vamos. Uma situação que reforça ainda mais a necessidade de mantermos o protagonismo, como única forma para crescermos e nos desenvolvermos.

A adesão à educação corporativa, com oferta crescente de bons cursos nos modelos online e híbrido, nesse momento ainda tão crítico é algo extremamente animador. Em uma época de grande apreensão com o futuro da economia, com o crescimento no número de empresas que entram com pedidos de recuperação judicial, alta nos preços de inúmeros produtos e redução de renda para milhões de pessoas, o investimento na qualificação vem se mostrando, mais uma vez, como um elemento de direcionamento assertivo das empresas aos seus profissionais, como destacado nos resultados da Pesquisa Carreira dos Sonhos, com mais de 123.579 participantes de todo o Brasil.

De acordo com os entrevistados, os principais responsáveis pela preparação dos profissionais para o enfrentamento das novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho deveriam ser os líderes (84%) e os representantes da chamada média gestão (82%). E, curiosamente, para 66% das pessoas que participaram da pesquisa, a iniciativa deve partir dos jovens.

Uma forma definitiva dos líderes empresariais demonstrarem como contam com seus colaboradores, investem neles e pensam em suas carreiras é justamente investir em iniciativas de treinamento e qualificação. Com base em estudos que mostram que mais de 60% dos brasileiros sentem medo da contaminação pelo novo coronavírus e que 70% avaliam 2021 como pior do que o ano anterior, quando os primeiros casos da COVID-19 foram registrados no Brasil, receber incentivo e condições para estudar e se preparar para um mercado cada vez mais restrito e competitivo é um dos caminhos mais eficazes de vencer a ansiedade e as preocupações com a carreira e com a vida como um todo.

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Identificar esses sinais, principalmente em meio à crise atual, e oferecer ferramentas que contribuem para ultrapassar a crescente pressão exercida sobre o mercado sobre as pessoas, aumentou a crença na habilidade das lideranças. Afinal, é muito mais fácil desenvolver um funcionário do que simplesmente demitir e buscar outro no mercado. É consenso que se, neste momento, a liderança de uma empresa decidisse efetivar trocas em sua equipe, em meio à uma pandemia que tem tido efeitos terríveis sobre a economia mundial, os resultados após novas contratações seriam negativos.

É importante deixar claro que, em um ritmo cada vez mais acelerado de mudanças, como as que temos presenciado, será cada vez mais difícil contratar profissionais classificados como prontos. Essa é mais uma das razões que vem impulsionando os investimentos em iniciativas de educação corporativa. Não é sem fundamento que temos registrado um aumento significativo, superior a 13 mil horas, desde dezembro de 2020, nos cursos oferecidos em nossa plataforma, quando comparamos com o mesmo período de 2019-2020.

Um comportamento que consagra o protagonismo assumido pelas lideranças que buscam oferecer cursos com inúmeros componentes práticos para seus liderados em um período ímpar da nossa História. E é neste período repleto de desafios que cresce o interesse pelo desenvolvimento de soft skills, investimento em gestão ágil de projetos, construção de mindset para produtividade e aprofundamento nas técnicas da Comunicação Não Violenta.

Em seguida, surgem os conteúdos sobre as perspectivas dos profissionais de Recursos Humanos, com o incremento das chamadas habilidades do futuro, com o reforço da compreensão da employee experience e do mindset tecnológico. Também destacamos um avanço na busca por informações e conteúdo relacionado à CSC, com a Cultura de Inovação, Visão Sistêmica do CSC, com seus processos e avaliação de maturidade.

Por fim, destaco a gestão da cultura nesse novo modelo educacional e o investimento no modelo híbrido, a partir da oferta de inúmeras dinâmicas, com a análise direta de resultados e o investimento na análise da Comunicação não-verbal. A partir da Educação digital, muitas questões que foram aceleradas jamais voltarão a ser o que eram antes.

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Seja pela agilidade, economia e os resultados, o investimento em Educação corporativa, no modelo híbrido, aumentou muito e certamente vai crescer ainda mais nos próximos anos. As jornadas digitais serão as preferidas para o recebimento e análise de conteúdo e as presenciais serão as escolhidas para impulsionar os relacionamentos e investir na cultura corporativa.

É a partir dessas análises que cabe ao líder oferecer autonomia e ferramentas para que cada colaborador seja o protagonista de sua própria carreira. Os pontos que, até o momento, destacamos para a Educação, passam a ser fundamentais também para o desenvolvimento de carreira e para a obtenção dos resultados. Exercer o protagonismo é algo  fundamental em nossas vidas e será ainda decisivo, em um mundo cada vez mais acelerado e competitivo, para os que adotarem a aprendizagem contínua e souberem tirar o máximo proveito dela.

*Bruno Leonardo é fundador e CEO da Witseed

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