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Pandemia incentiva a humanização e a saúde nas empresas

Por Tomás Camargos
Atualização:
Tomás Camargos. FOTO: ARQUIVO PESSOAL Foto: Estadão

A saúde mental dos brasileiros já estava em estado de alerta mesmo antes do isolamento social. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) somos o país mais ansioso do mundo e o mais depressivo da América Latina. O cenário, que já não era dos melhores, se tornou ainda mais agravante em uma situação de pandemia, em que sentimentos como angústia, estresse e incertezas podem prevalecer. Para se ter uma ideia, 53% das mulheres e 37% dos homens entrevistados por um estudo feito pela ONG americana Kaiser Family Foundation estavam mais preocupados e estressados em decorrência do coronavírus. Por isso, muitas empresas já começaram a colocar a saúde mental e física dos profissionais na lista de prioridades.

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É fato que os transtornos mentais relacionados ao trabalho e o sedentarismo afetam negativamente a saúde dos colaboradores dentro e fora das empresas, por conta disso é fundamental levar o bem-estar ao local de trabalho. Precisamos mostrar aos colaboradores o quanto eles são importantes naquela empresa, proporcionando momentos de lazer, atividades físicas em grupo, meditação e confraternização - tudo de uma maneira humanizada. Agora na pandemia, essas medidas tiveram que ser adaptadas, mas ainda é importante que as corporações se adequem e não deixem essa questão de lado, pois a felicidade no ambiente corporativo se torna cada dia mais a chave para manter colaboradores engajados e aproveitar 100% o potencial humano.

É sabido que grande parte dos funcionários em home office passaram a trabalhar muito mais e a produzir mais, porém, resta-nos saber até quando o corpo vai aguentar. Pela natureza da minha função, tenho conversas diárias com as áreas de Recursos Humanos e Saúde das organizações e pasmem, esse aumento de produtividade momentâneo tem se dado pela insegurança das pessoas em imaginar que seus líderes possam supor que o mesmo está fazendo "corpo mole" por não estar sendo visto. Então, estimular os colaboradores a cuidar da sua saúde passou a ser um "recado" muito forte que a empresa passa para seu time: "Pode parar um pouquinho para se cuidar, estamos do seu lado!"

Grandes empresas independente do porte, já adotaram programas voltados à saúde do colaborador. E essa é uma tendência que deve crescer ainda mais no "novo normal". Hoje, 92% dos diretores de organizações no Brasil acreditam que o bem-estar dos colaboradores é um fator importante no dia a dia e trabalham com ações de saúde corporativa, segundo uma pesquisa de tendências de RH da Deloitte. E quando se fala em "saúde" também envolve bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doenças, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Programas focados na melhoria da qualidade de vida impulsionam tanto o colaborador como a empresa. Investir em melhorias internas para o funcionário, como o incentivo a atividades físicas, programas de gamificação, traz benefícios para todos dentro e fora do ambiente corporativo, fazendo com que os colaboradores se sintam mais saudáveis e confortáveis com seu estado físico, emocional e social.

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Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia diz que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros Trazer humanização e integração para as empresas está entre os principais pontos que levam qualidade de vida e satisfação para os colaboradores, investir na melhoria do clima organizacional e também entender/valorizar cada um na equipe, pode ser a chave para levar felicidade a sua empresa. E não se esqueça: atividade física libera endorfina, invista nisso!

*Tomás Camargos é sócio-fundador da VIK

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