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Rodrigo Garcia diz que Polícia já pediu a prisão de procurador que espancou a colega em Registro

'A agressão não ficará impune', afirma governador de São Paulo, indignado com a brutalidade do procurador Demétrius Oliveira de Macedo que, na segunda-feira, 20, esmurrou a colega, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, procuradora-chefe do município do Vale do Ribeira, a 190 quilômetros da capital paulista

Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Rayssa Motta
Por Pepita Ortega e Rayssa Motta
Atualização:

Atualizada às 15h46*

Procuradora-geral foi agredida dentro da prefeitura por colega em Registro (SP). Fotos: Reprodução Foto: Estadão

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O Ouvidor das Polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, requisitou nesta quarta-feira, 22, ao delegado-geral de polícia, Osvaldo Nico Gonçalves, a prisão temporária de Demétrius Oliveira de Macedo, procurador municipal de Registro - cidade no Vale do Ribeira, a 190 quilômetros de São Paulo - que agrediu brutalmente a procuradora-geral da cidade, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, com socos e pontapés na segunda-feira, 20.

Citando as 'imagens impactantes' das agressões, Lopes avalia que a prisão temporária do procurador é 'necessária a fim de salvaguardar o direito da vítima'. A requisição assinada pelo ouvidor, enviada ao chefe da Polícia, deve ser encaminhada posteriormente à delegacia responsável pela investigação, que é a responsável por eventualmente pedir à Justiça a decretação de medida cautelar contra Demétrius.

Após a solicitação do ouvidor, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, indicou que a Polícia Civil pediu a prisão do procurador municipal. "Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e quqalquer covarde que agrida uma mulher", afirmou em seu perfil no Twitter.

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O Ministério Público de São Paulo designou dois promotores de Justiça, com atuação na cidade, para responder pelo procedimento do órgão sobre o caso.

Como mostrou o Estadão, as agressões de Demétrius contra Gabriela foram registradas em vídeo. Após derrubar a procuradora-geral, ele dá socos e pontapés na mulher, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta".

Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

O caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia de Defesa da Mulher de Registro. A prefeitura suspendeu o procurador.

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Em entrevista à TV Tribuna, filiada da TV Globo, Gabriela disse que as agressões aconteceram depois que ela pediu a abertura de um processo disciplinar contra o procurador por maus tratos a outra funcionária. "Foi exposta a minha dignidade como mulher, fui desrespeitada com servidora pública", afirmou.

COM A PALAVRA, O PROCURADOR

A reportagem busca contato com Demétrius Oliveira de Macedo. O espaço está aberto para manifestação.

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