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Outubro Rosa, momento de falar sobre sexualidade feminina

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Por Marina Ratton e Tathiana Parmegiano
Atualização:
Marina Ratton e Tathiana Parmegiano. FOTOS: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Há diversos momentos na vida da mulher em que ela dá uma atenção maior à sua sexualidade - ou que esta questão se torna mais vulnerável para ela. Um desses momentos, sem dúvida, é quando a mulher tem que enfrentar um tratamento de câncer de mama. A sexualidade durante esse período tão delicado - tanto do ponto de vista físico quanto psicológico - é discutida há anos, mas, para muita gente, o assunto ainda é encarado como tabu.

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Segundo uma pesquisa realizada pela Breast Cancer Now, 46% - ou seja, quase metade - das mulheres em tratamento de câncer de mama apresentam dificuldades sexuais, incluindo secura vaginal, dor e perda da libido. O estudo identificou ainda que, para dois terços das mulheres (66%) com esses problemas, as dificuldades na hora do sexo causam impacto negativo em seu bem-estar geral.

Não dá, portanto, para continuar ignorando o assunto. E o apelo do Outubro Rosa deve nos alertar também para isso: além de falarmos, sempre e cada vez mais, sobre prevenção ao câncer de mama, temos o dever de dar alento a esse grande número de mulheres que precisam encarar o tratamento da doença e seus efeitos colaterais. Que, vale ressaltar, em muitos casos perduram por um longo período após o término do tratamento.

É preciso desmistificar, empoderar essa mulher que está em tratamento ou no pós-tratamento da doença, mostrando a ela que, mesmo em um estágio frágil da vida, ela não tem - e não pode - abrir mão da sua sexualidade. De procurar o amor, a intimidade, o tocar e ser tocada.

E que isso é possível, muitas vezes, apenas com o uso de produtos como lubrificantes íntimos de qualidade - dermatológica e ginecologicamente testados -, feitos, por exemplo, com matérias primas naturais e que não agridam o pH da região íntima feminina. Esses produtos já provaram sua eficácia no aumento do prazer sexual das mulheres que sentem dor ou têm ressecamento vaginal em decorrência de quimioterapia/radioterapia, reposição hormonal ou de cirurgia para a retirada das mamas, ganhando um número cada vez maior de adeptas. E não só entre pacientes oncológicas, mas também entre mulheres que entram na menopausa e puérperas, que sofrem dos mesmos sintomas.

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Desde que recebe o diagnóstico de câncer até o final do tratamento, há uma grande preocupação da paciente em não voltar a ser ela mesma. Ser "ela mesma" envolve sua profissão, seu hobby, seu prazer. E a abordagem desse tema nas consultas médicas, é essencial para que essa mulher se sinta acolhida.

Não podemos subestimar o desejo. Mesmo que menos frequente, ela tem que estar pronta. Isso envolve explicar que talvez ela sinta dor, talvez se sinta menos lubrificada, mas também significa dizer que podemos ajudar com produtos que tornarão possível a ela viver sua sexualidade.

Precisamos mostrar tudo isso. Precisamos falar que não é normal a mulher aceitar o ressecamento vaginal ou sentir dor durante o sexo. Normal, é ela se sentir bem. É se sentir completa, recebendo e dando prazer. Normal, é ela se sentir livre.

*Marina Ratton é especialista em Marketing, idealizadora e CEO da Feel; Tathiana Parmegiano é ginecologista

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