E-mails e depoimento gravado em áudio do ex-presidente da empreiteira apontam que Graça Foster, ex-mandatária da Petrobrás, tinha conhecimento da corrupção na estatal, mas não ‘adotou medidas efetivas’ para cessar a prática criminosa
Pedro Prata, Ricardo Brandt, Pepita Ortega e Fausto Macedo
Ex-ministro Antonio Palocci em setembro de 2016, quando foi preso na Lava Jato. Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
Seus relatos, junto com os de outros delatores da Lava Jato – Antônio Palocci, ex-ministro dos Governos Lula e Dilma, e João Carlos de Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil – embasaram a nova jornada da Polícia Federal, que mira negócios da Petrobrás no âmbito do pré-sal, sua ex-presidente Graça Foster, e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
Ao autorizar buscas nos endereços de Graça, Esteves e de outros dez alvos da fase 64 da Lava Jato, a juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, amparou-se em extenso relatório da Polícia Federal – documento ao qual estão anexados áudios e e-mails de Odebrecht.