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Os programas de cashback valem a pena?

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Por Alexandre Primo Battaglini
Atualização:
Alexandre Primo Battaglini. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Você já ouviu falar de plataformas digitais que devolvem parte do valor que gastou em compras? Pois é, isso não é pegadinha. Esses programas são chamados de cashback, ou dinheiro de volta na tradução literal, e podem realmente fazer com que os consumidores economizem bastante e se beneficiem com novos produtos e serviços muito além das emoções que despertam.

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Porém é preciso entender, antes de tudo, que os programas de cashback não são todos iguais. Têm em comum o retorno financeiro para o consumidor, mas variam em inúmeros outros fatores, a começar pelo mais importante: o percentual de dinheiro de volta. Além disso, e não menos importante, variam os tipos de ofertas e cupons, número de lojas onde o consumidor pode realizar as compras, bem como os bônus e prêmios especiais ao cliente, de acordo com o comportamento e frequência em compras, por exemplo.

Com a minha experiência no mercado de programas de fidelidade e benefícios, digo, sem nenhuma dúvida, que os programas de cashback são hoje os que mais atendem as necessidades dos consumidores brasileiros, pois:

-Recompensam o cliente com rapidez, afinal, a entrega do dinheiro de volta é imediata;

-O consumidor geralmente recebe o cashback em dinheiro e pode utilizá-lo como quiser, não necessariamente ter de trocá-lo por produtos de catálogo;

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-Não expira.

Porém, é preciso certa atenção quanto à escolha da plataforma de cashback.

Compartilho com você o que acho importante considerar antes de optar por um programa de cashback:

1. Programas gratuitos x Programas de assinatura

Qual dessas modalidades é a melhor? Depende do que você está buscando. Isso porque os programas gratuitos costumam ter porcentagens menores de cashback, enquanto os programas premium que pedem o pagamento de um valor mensal conseguem devolver para o consumidor o mínimo de 10% em dinheiro de volta. Ou seja, se você está buscando um cashback maior, vale a pena aderir a programas que cobram uma mensalidade. Mesmo porque, se você partir de um exemplo simples, em apenas uma compra (uma TV, por exemplo), você já pode ter de volta todo o valor da mensalidade paga em um ano. Sem contar que programas de assinatura geralmente oferecem outros benefícios, como bônus mensais, que podem zerar o investimento do consumidor na mensalidade, inclusive.

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2. Retorno efetivo

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As porcentagens de retorno dos programas de cashback variam bastante. A maioria devolve, em média, 1,5% a 3% do valor pago na compra, podendo ser mais relevante em promoções limitadas ou pontuais. Se o que você procura é consistência no benefício, os programas premium com assinatura levam vantagem, já que devolvem valores muito mais relevantes e válidos para toda a loja.

3. Fuja das pegadinhas

Diversidade de lojas não significa, necessariamente, qualidade no cashback. Isso quer dizer que, muitas vezes, os programas anunciam parcerias com lojas que não necessariamente oferecem valores relevantes de dinheiro de volta. Além disso, observe com atenção se o cashback não é limitado a somente um produto ou a uma categoria da loja. Com certeza, você terá mais benefícios se o dinheiro de volta for válido para todos os setores, inclusive para produtos com preços mais interessantes.

Em outras palavras: dê preferência a plataformas de cashback que deixem a seu critério adquirir o que quiser e não estimulem a compra supérflua ou de momento.

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4. Resgate do benefício

Informação é tudo também nesse caso. Antes de aderir ao programa, conheça como o dinheiro de volta será devolvido para você. É por conta bancária? Demora quantos dias? Tem limite mínimo? Você pode optar quando quer receber? Muitas vezes, as pessoas reclamam dessa etapa por desconhecerem o regulamento do programa sobre como acumular e resgatar os benefícios.

Também considere que alguns programas relacionam o valor em pontos, impõem condições de resgate que quase impossibilitam o uso do benefício ou listam obrigações para que o consumidor tenha o dinheiro de volta. Fuja desses modelos.

5. Hábito de compra

É um mito dizer que o cashback só é interessante para quem compra muito e muitas vezes. É verdade que quem faz pedidos online com certa frequência consegue conquistar um valor maior de cashback, pois gasta mais, mas mesmo as pessoas que não têm um hábito de compra tão expressivo no curto prazo podem se beneficiar, já que o valor acumulado em dinheiro de volta não expira. Cashback é economia. E economia é sempre bem-vinda!

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Diante desses dados, digo com toda a segurança que vale, sim, aderir ao cashback. Só é preciso estar atento ao que cada um oferece para optar por aquele que está mais sintonizado com o seu perfil. E se, por acaso, você se arrepender, tenha a certeza de que o encerramento do contrato poderá ser feito a qualquer tempo, sem custos. Boas compras! E com dinheiro de volta.

*Alexandre Primo Battaglini é diretor de Marketing e Produtos do Compra e Volta

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