E o meu único objetivo é fazer justiça.
Observo análises, sob razão ou emoção, quanto aos dois lados. Como age cada base partidária, cada ideologia, cada marqueteiro, cada apoiador, cada neutralidade, cada candidato.
A imprensa, que sempre procurou ser fiel ao princípio da imparcialidade, está sendo criticada como promotora ou detratora dos candidatos.
As religiões, como nunca, têm sido alvo das mais acirradas denúncias de apoiar esse ou aquele nome. Até porque, em busca do voto, os candidatos praticam um oportuno sincretismo religioso.
Até a Justiça, sempre nobre e distanciada, foi envolvida na disputa. Luta para se defender, seguir imparcial e distanciada. Embora, atenta.
Os esportistas e artistas, então, nem se fala. Tornaram-se apaixonados atletas e intérpretes do pensamento político dos candidatos.
Entretanto, ninguém está sendo justo com uma considerável parcela da população brasileira que será, não duvidem, determinante na eleição deste ano. Fará a diferença e elegerá o presidente.
Falo dos idosos. Da turma ativa da Terceira (ou Melhor) Idade. As vovós, vovôs, tiozinhos e tiazinhas - velhinhos em geral.
Essa gente 'fofa', absolutamente incluída na Era Digital, que envia mensagens o dia todo pelas mídias sociais, está 'formando opinião'. Mexendo com o imaginário de milhões de eleitores.
Sua ação tem feito a sociedade refletir. Muitas vezes, é verdade, esses anônimos ativistas caem na armadilha das fakes news. Mas, sem dúvida, são os mais fortes comunicadores, provocadores e influenciadores do momento.
Portanto, fica aqui o meu reconhecimento à turma dos idosos que, na batalha fratricida entre Haddad e Bolsonaro, está dando uma lição de coragem, cidadania e amor pelo Brasil.
Viva os anônimos modernos comunicadores!
*Ricardo Viveiros é jornalista e escritor. Autor, entre outros livros, de A vila que descobriu o Brasil e Justiça seja feita